segunda-feira, dezembro 03, 2007

O dia chegou!

A exposição e defesa da seguinte tese "Moral como ferramenta de dominação a partir das duas primeiras dissertações da obra Genealogia da Moral" será feita quarta feira, dia cinco de dezembro, às oito horas e quinze minutos.
Desejem-me sorte, ou não. Vou precisar!

segunda-feira, novembro 26, 2007

Para Márcia, lavagem.

Acabei de entrar no blog da Marcia Tiburi. Para quem não conhece, ela é filósofa, apresentadora do programa saia justa, colunista da revista Vida Simples da Abril, escritora e também arruma tempo para publicar uns livretos porcos.
E li seu último post sobre feminismo.
A idéia básica é a seguinte: ela defende o fenimisto porque segundo alega, as mulheres estão sob o domínio do homem, como aconteceu em um país sujo de nome complicado lá das bandas do Oriente Médio, onde uma mulher foi condenada a ser estuprada quatro vezes por ter cometido uma banalidade.
Sim, sim. É um absurdo, pra dizer pouco.
O que a filósofa esquece entretanto, é que antes da mulher ser mulher, ela é um ser humano. Pregar o feminismo é retroceder no tempo, e realizar uma dicotomia que hoje já não se faz necessária.
A idéia não é proteger mulheres do estupro. É proteger seres humanos do estupro. Seja homem, mulher, criança e afins.
Todo tipo de "ismo" é uma merda, ela já devia saber. Mas não sabe.
Dentro de alguns dias eu tiro o seu link aqui do Pub 66. O café é sempre amargo. Deixemos a hipocrisia para quem gosta dela.
Porcos e lavagem. Uma combinação de sucesso!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Salve a seleção!

Pra frente brasil, salve a seleção!!! [sim, brasil, com "b" minúsculo mesmo]
Afinal de contas temos muito o que comemorar. Vejam bem, estamos falando do esporte bretão, do nosso orgulho, de onde somos mais patriotas. Não é qualquer esporte, qualquer evento. É pátria de chuteiras.
Sim, não estamos falando de investir em saneamento básico para quem vive em condições sub humanas. Não estamos falando de melhorar os hospitais públicos. Não estamos falando de resolver o dossiêgate, o caso dos mensaleiros, ou mesmo as atrocidades que Lula continua fazendo no governo. Não estamos falando de investir na educação pública da molecada. Parem por favor de reclamar do desemprego, nem me venham com a balela do escândalo do leite da vaca louca!
O que? Chavez e Evo cagando na boca do brasil? Renan Calheiros transformando os Três Poderes em circo? Ora isso é balela! Calem-se todos!
Nós vamos sediar a copa do mundo de futebol em 2014!!! \o/ Bravo!!! Viva!!!
A CBF disse que não vai ficar com um centavo dos cofres públicos. Maluf e Marcos Valério falaram a mesma coisa. E eu, porco direitista, manipulado pela grande mídia gopista, é claro fui obrigado a duvidar... era minha única opção. Mas como eu sou um porco direitista, que lê Adam Smith ao invés de Karl Marx, Trotski ou similares, e que estou cagando e andando para o mito do Ernesto Guevara, Simon Bolívar, Zumbi dos Palmares, Xavier Tiradentes, ou mesmo do Pancho Villa, não tenho de ser escutado. Eu não tenho consciência social.
Agora, que cessem o falatório estridente. Vamos começar o sambão doido, e colocar carnes pra assar na churrasqueira. Temos muito o que comemorar!!! \o/

segunda-feira, novembro 19, 2007

Para todos os meus velhos Mickeys.

O tempo passa. Sim, passa para todos. Para uns "devagar como o mar, para outros tão rápido como um trem".
Para mim passou no tempo certo.
E finalmente terminei a merda da minha monografia.
Nada disso seria possível sem as pessoas certas, que quando eu fracassei pelas primeiras vezes estavam lá, me fazendo perceber que aquilo não era o fim, e que ainda havia tempo. Ainda dava pra continuar.
E deu.
"Moral como ferramenta de dominação política, nas duas primeiras dissertações da obra 'Genealogia da Moral'"
Eis ai meu trabalho. Terminei. E ele só foi possível graças a todas as pessoas que estão comigo, ao meu lado zelando por minha saúde, por minha sanidade.
Porque é como dizia o velho Mickey, treinador do Rocky Balboa:
"Levanta seu filho da puta! Eu ainda não ouvi o gongo! Levanta porque o velho Mickey te ama!"

terça-feira, outubro 09, 2007

Para além de direita e esquerda

Direitista.
Fui acusado de ser direitista devido ao meu post onde comento sobre o filme Tropa de Elite. Não falo da critica do LuizZ. Ele eu deixo. Ele sabe o que fala, e não fala pro falar.
Mas enfim... a crítica foi feita.
A pergunta que resta, pois sempre resta algo, mesmo que sem querer, é: e qual o problema?
Quer dizer... temos dois caminhos e seus ramos. Extrema esquerda, centro esquerda, esquerda moderada, esquerda azucrinada, e idem para a direita. Porque assumir qualquer postura dentro da esquerda é normal, é saudável e o inverso com a direita não?
Ah! mas a direita fez muita coisa ruim pelo país! Ela é elitista e produz desigualdade social!!!- exclama o guri cabeludo com uma camiseta vermelha, onde se tem a estampa de um barbudo de boina que ele jura ser o Guevara.
E o nosso governo de esquerda, fez o que?
Ah mas o governo de direita é pior! - o guri é insistente.
Então ficamos com o menos pior? Faremos apologia a quem nos fode menos?
Esqueçam os caminhos. Direita, esquerda.
Fiquemos com o que restar.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Obrigado senhor Anônimo

Um passo atrás, em um minuto qualquer.
Lá estou eu e um punhado de gente. Meu momento mais torto.
Cheiros e músicas. Cores e pegadas.
Um dia, e não faz tanto tempo assim, o mundo era tão incerto. Era um tempo, onde repetir palavras era tudo o que valia a pena fazer.
Em tardes onde eu sentava sozinho e ouvia bandas da década de 90, suado de tanto andar, cansado de tanto tentar.
Meu convite ao pecado... cabeça vazia oficina do diabo!
Um estilete corta sem pensar, a lâmina ainda sangra quando tocar.
Ai caiu minha ficha.
Porra!!! Até quando a vida ia ser só aquilo que eu estava fazendo? Até quando tudo seria cansaço, sarjeta, desilusão? Me cansei de ficar bêbado sem razão, de ouvir mentiras em vão. Meus sonhos ferindo egos.
E quando decidi viver feito gente, passou pouco tempo até que você chegou senhor Anônimo. Meus passos são certos, e meu horizonte firme. Te conheci no momento correto. E quando eu olho para o chão, vejo sua sombra junto a minha, sua mão segura a minha. À frente a luz do dia.

PS..: A todos que possuem blogs do Weblogger!!! Não consigo fazer coments por lá!!! Mancada!

sexta-feira, setembro 28, 2007

Touch me I'm Sick!!!

Minha bílis está fervendo. Comendo meus rins, mesmo sem poder.
Assisti Tropa de Elite, o filme que todos já assistiram. O filme que conta a história de um oficial do BOPE.
E naquele filme, que admito, gostei de ter assistido, aparece o contraste que todos os dias vejo, todos os dias percebo, e por fim, que tanto odeio.
É a lupa que se joga sobre o cara que se entope de droga, e reclama da sociedade. Culpa o sistema, culpa o capitalismo, pelos problemas da sociais.
Fala que os Estados Unidos são imperialistas, e desgraçados, uma nação maldita. Falam que os norte americanos [sem a frescura ridícula de chamá-los de "estadosunidenses" por favor] são culpados e miseráveis por matar gente no Iraque e no Vietnã, mas esse mesmo moleque filho da puta, não olha o próprio rabo, e não percebe que ele é tão assassino quanto o Bush.
É ele quem dá dinheiro para o traficante. É esse traficante que compra armas para se "defender" da polícia. É esse traficante que mata gente dentro de bares para fazer acerto de contas. É esse traficante que mata quem reage aos seus assaltos. É esse traficante que faz crescer as fileiras do PCC, do CV. É ele que queima gente viva dentro de pneus. E faz isso com o dinheiro desse aluno miserável que se diz consciente, revolucionário. Desse aluno que tem de cor a história do Ernesto Guevara, e que sonha em ir visitar Cuba. Que faz apologia ao MST, a melhoria da educação, a qualidade de vida, ao enobrecimento do ser humano. Que acampa na Fundação Santo André visando melhorar o ensino. Esse moleque idiota e desgraçado que vê a história de modo positivista, que não entende o básico de inferência. Esse marxista de merda que sataniza o "sistema" e o "capitalismo" e não percebe que suas garras estão embebidas com o pior tipo de veneno.
A hipocrisia.
E isso me faz lembrar uma música do Mudhoney, uma das primeiras bandas grunges de Seattle:
"Me toque, eu sou doente."

sexta-feira, setembro 14, 2007

Que puxa...

Eu estou com preguiça pra ler, o Pedro de Lara morreu, o Renan Calheiros foi absolvido, os mensaleiros indiciados, o mercado brasileiro é elogiado no exterior, Dualib diz preparar sua renúncia, IBGE aponta aumento no crescimento de emprego e da renda do trabalhador, Maluf teve dois carros e um prédio penhorados, Copom não prevê reajuste da gasolina em 2007, a Casa das Rosas não é mais gratuita, minha proposta de TCC foi rejeitada, descobre-se que até os chipanzés roubam [para impressionar as fêmeas do bando]... enfim.
O que está acontecendo com o mundo?!?!?

quarta-feira, setembro 05, 2007

Ausência

Ando atarefado com algumas coisas. Devido a isso eu não estou atualizando o blog como quero. Mas mesmo assim, ele não parece tão frequentado portanto isso não se faz um problema para muitas pessoas.
E mesmo assim sempre vou na contramão. Sempre me desloco, mas saibam, nunca é em vão.
Dia 28/08/2007 foi um dia especial pra mim! Ele foi marcado na história desse país como um dia onde o STF julgou os mensaleiros.
Mas o motivo pelo qual sempre me lembrarei desse dia não se deve a isso. Mesmo porque não espero que os indiciados sejam punidos.
Meu motivo é muito mais meu.
Dia vinte e oito de agosto eu passei a tarde junto com um certo senhor anônimo. Fazia um frio tremendo, e ficamos abraçados. Comemos uns lanches, comemos uns chocolates pequeninos, falamos sobre um monte de coisas, e eu cantei para o senhor anônimo. Cantei mal e porcamente. Estava nervoso. E acabei tentando emular a voz do vocal do Miramoicana [coisa que não faço... mas estando nervoso passa. rs]
E nas palavras do senhor anônimo "a tarde foi perfeita!"
E sim, eu consegui prestar atenção na aula.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Caros Amigos

Não. O post não é para nenhum amigo meu.
É sobre a revista esquerdista. Sobre a Veja do PT. Com a diferença que a dos amigos, declara claramente ser esquerdista. Na entrevista com Lázaro Ramos, um dos entrevistadores diz claramente "nós que somos de esquerda e blá-blá-blá e patati-patatá."
Óbviamente, que uma revista com esse cunho político faz sucesso entre os nerds e intelectualóides uspianos, entre afins e genéricos. Engraçado notar, que uma revista, ou um sujeito, "um cidadão respeitável que ganha quatro mil cruzeiros por mês" se dizer de esquerda é considerado ótimo. Você é visto com bons olhos pelos supracitados.
Se declare de direita, e veja o que acontece, se sobreviver à achincalhação. Ler Caros Amigos, Carta Capital te faz cult. Ler Veja e Época te faz um insensível ganancioso; um capitalista de merda, fruto da classe média dominante. Te faz um midiático safado. Um membro da máfia não declarada chamada "Azelite branca."
O que ainda não foi percebido, é que direita e esquerda são a mesma face da mesma moeda [como certa vez o LuízZ citou aqui mesmo nesse blog]. O principal aliado do PT é o PSDB. Seu telhado de vidro é todo escudo que o PT precisa.
Tanto direita quanto esquerda tem seus próprios jargões, seus discursos clichês. A mídia direitista usa um discurso curto, seco e carregado de ironia chata e sem sal feito os caras do Casseta & Planeta. Podem consultar qualquer artigo do Diogo Mainardi, seu expoente máximo talvez.
Já o discurso de esquerda é todo rebuscado, carregado de citações ao cretino do Marx, buscando passar seriedade. Palavras como mídia golpista, jornalhões e apologia a um monte de gente que quase ninguém conhece são sempre a ordem do dia. [afinal que tipo de indie/cult é você, se você não conhece ninguém do underground político?!?!?]. Como exemplo cito Mino Carta.
E para finalizar, digo que toda política é moralista. Apenas invertem a ordem dos valores. E enquanto houver moral, nada de bom virá desse ninho.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Bisbilhotice

Lula está nervoso.
Nervoso com as vaias, com o descontentamento que seu governo traz. Os riscos da democracia...
[Maquiavel é sempre útil!]
Dessa vez ele se queixa da imprensa. [azelite]
Diz que a imprensa divulga o que não deve. Quando Marco Aurélio Garcia fez seus gestos canalhescos no Palácio do Planalto após dois dias da tragédia do vôo da Tam a imprensa divulgou o fato.
Óbvio.
Um psicopata sem o mínimo de consciência como ele tem de ser revelado. Não é o que pensa Lula. A isso ele chama de "bisbilhotice da impensa". É invasão de privacidade. A imprensa passou uma imagem errada do ministro.
Ora... o que seria então o gesto? Qual a outra definição para o ato?
Infelicidade... Assim Lula afirma. Marco havia sido pego em um momento infeliz. Assim com Marta, Palocci, Angela... Enfim, toda sua equipe.
Cansei de xingar esse povo...

terça-feira, agosto 21, 2007

Tendencias e paradas

imoAndo muito nietzscheno. Lendo Nietzsche demais.
Estudei lógica e linguagem por anos. Wittgenstein, Russel, Peano, Platão, Frege... Enfim, um monte de matemático e filósofo alemão chato.
Esvaziei o mundo de significado. Esse foi o primeiro passo. Li então umas resenhas e artigos sobre E. Husserl. Descobri um pouco mais sobre recortes do mundo. Sobre costrução da realidade subjetiva. Antes porém havia lido Sartre. Meu mundo então se torna um recorte e um recorte totalmente espalhado onde via-se o todo fragmentado. Ou seja, as partes.
[Um estilete sem o cabo.]
Kant me ensina sobre moral, Descartes sobre como ter controle.
Jogo tudo isso fora então. Veio a "crise dos 3 anos" comum no curso de filosofia. Curso... começo meio e fim. Então eu dis-cursei.
Sai do curso, sai do caminho.
Tornei-me um niilista.
Ai chegou Nietzsche. Me reergui.
Então chegaram pessoas em minha vida, que conversam comigo sem estarem mortas. Essas eu protejo.
Essas estão comigo. Entre elas a pessoa que "será como eu sou e digo mais, você vai ser muito feliz."

sexta-feira, agosto 17, 2007

Sobre alguns dias [ou: como poucas palavras podem me deixar realmente triste...]

Palavras não são somente palavras.
Palavras, eu já disse, são pensamentos cantados. Palavras revelam a vontade.
MINHAS PALAVRAS pelo menos são assim.
Quando digo que quero fazer algo, não estou brincando. Não jogo xadrez com pessoas. Não faço lances em falso. A vida é feito uma luta.
Não faça de conta que vai socar. Soque.
Não faça de conta que vai chutar. Chute.
Então quando eu digo que quero alguém, é porque eu quero esse alguém.
Se eu digo que estou me doando a alguém, é porque estou me doando a esse alguém.
E nada muda esse fato.
Sou muitas coisas nessa vida. Bruto, aloprado, danado, ensandecido...
Mas, sou também o Raffa. E o Raffa é mais do que somente isso.
O Raffa é o que é. E todo ele quer ser feliz, e trazer felicidade a alguém. Um único alguém.
Porque tem dias que são tão profundos que é até difícil respirar

sexta-feira, agosto 10, 2007

Sobre a felicidade [ou: falando sobre as pessoas que são sinceras através de seu oposto]

Algumas línguas ferem-se. Prendem-se entre os dentes, e isto as torna miseráveis.
As palavras são desenhos cantados do pensamento. A voz o instrumento que serve de porta voz ao intelecto.
Morda sua língua, suprima então o pensamento, e terá sua dose de indigestão.
Terá idéias rodando entre a cabeça, pairando, pedindo para serem goraadas, para saírem.
Logo após, sentir-se-á cheio e cansado. Empanzinado.
Comeu demais, não evacuou. Começará o re-sentir.
É necessário... Cuidado então com as linguas presas. Cuidado então com as bocas que deixam apenas escapar o mel. Estas bocas, retém a sujeira, possuem cabeças cheias de veneno.
E esse veneno arrumará um jeito de sair.
Nascerá então a traição!

quinta-feira, agosto 09, 2007

Ecce...

Minhas fontes, minhas perturbações.
Meus desejos mais sublimes!
O retorno dionisíaco. A arte novamente.
Sobre condições ainda inefáveis, imperscrutáveis um beijo aconteceu.
Meu espírito se foi ao sétimo céu, mas ainda assim mantive-me em mim.
Será sempre eu. Será sempre ela.
"Será sempre como eu sou e digo mais, você vai ser muito feliz."
Nunca uma necessidade, nunca um "eu devo". Sempre um "eu quero."
Sempre um "nós queremos."

quarta-feira, agosto 08, 2007

Aquém de bem e mal por opção

Quantos tem a empáfia de se dar ao luxo de serem o que são?
Quantos tem a coragem de abraçarem o luxo de se sentirem mal?
Quantos tem a sinceridade de separar o que faz bem e o que não faz?
Pois é fato. Sou humano, demasiado humano. Não desejo para mim nada além disso.
A lei de granito: "torna-te quem tu és."
E sendo humano, sou acometido de todas as consequências de se-lo. Fico triste, fico com raiva. Sinto ódio, sinto dor. Sou niilista, e esse desejo do nada, eu enxergo não como o fim, mas um começo. Temos de pensar sempre com o martelo. Porque a vida começa sempre com quem teve a audácia e a coragem de se sentir mal. A vida começa após o flerte com o nada.
Mas... a melhor parte de ser humano, é saber que posso ser tudo isso, mas que isso não me impede de outras coisas. Saber que sou Vontade de Potência.
Sim. Estou apaixonado. Tremendamente apaixonado. Amavelmente apaixonado. Felizmente apaixonado. Enormemente apaixonado. Perdidamente apaixonado. [ecos dos poetas e filósofos pré-socráticos.]
Mas ainda sou uma dinamite. A diferença é que agora tenho mais critérios ao explodir.

segunda-feira, agosto 06, 2007

O dia em que o brasil [com b minúsculo mesmo] devia ter parado.

"Gente, olha o que aconteceu e todo mundo viajando normalmente. São seres humanos que morreram." - Rosa 30 anos, mulher de Paulo Solano Batista, familiar de uma das vítimas da tragédia da TAM.
Seu marido fazia um protesto contra os vôos. Queria que os vôos parassem. Ela chorava.
Wittgenstein em seu livro Tractattus Lógicu-Philosophico:
O mundo é tudo o que é fato. Fatos são todas as relações possíves de objetos.
Você é um objeto no mundo. Um objeto que fala, pensa, e nomeia.
Então não venha me dizer que não dá pra parar, que temos compromisso e eles nos obrigam a por exemplo voar de um lado para outro.
O mundo é fato, que são descritos por objetos, inclusive nós. E nossa relação com outros objetos, somos nós quem decidimos.
Paramos quando decidimos. Fazemos o que bem queremos.
E se puderem ler esse post porco ouvindo "O dia que a Terra parou" do Raul Seixas, melhor.

sábado, agosto 04, 2007

Não dá!!!

Estou há algum tempo falando pouco de política aqui no Pub 66, e há uma razão para isso. Há meses a crise aérea me põe pra pensar, como todo mundo. E então houve a tragédia, onde morreram pessoas as centenas, e todos os veículos de informação pontuaram sobre. Já me chamaram de Nietzschano, e não o fizeram por mal. Minha dialética se fundamenta em mostrar fatos. Nunca fiz outra coisa que não fosse isso. Abrir a carne e mostrar os vermes que estão escondidos lá.
Mas dessa vez... seria indelicadeza demais, [embora eu seja um tanto quanto insensível] servir um café amargo sobre essa tragédia.
Ela já é amarga por si só.
Mas eu preciso desabafar. Preciso usar esse fato para desabafar. Peço desculpas as famílias, mas tenho.
Marillena Chauí [filósofa uspiana do governo] afirma que a crise aérea foi uma invenção da mídia e das elites golpistas, assim como o mensalão. Lula mais uma vez não sabia de nada. Ele nunca sabe. Sua declaração para acalmar a todos, foi dizer que quando ele entra num avião, ele coloca tudo nas mãos de Deus [letra maiúscula, olha meu bom humor]. Ao ser vaiado, atribui as vaias a crianças, que querem brincar de fazer democracia. Feito criança birrenta, diz que se é pra brigar, todos sabem que ele é quem coloca mais pessoas na rua.
Lula é um eterno candidato. Um eterno fanfarrão, bêbado, infantil e mimado, por declarações como a da Chauí.
E de boa... Quero que os dois morram. E falo sério.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Miscelânia de aforismas Raffaelianos sobre si. [b-part]

"A solidão cobra um preço alto, e aquele que a busca deve estar pronto a pagar. Uma vez conquistada não é possível negá-la."
"Sou covarde. Minha caminhada eu parei no meio. Fato."
"Todas as pessoas demonstram traços de caráter que podem ser invertidos. Trate de encontrar uma que você não queira inverter."
"A fé é algo tão tangível quanto um par de asas. Cabe a você usá-la como bem entende."
"Afirmei que o amor é inefável, e ainda afirmo. Isso porém não limita ninguém a senti-lo."
"Atenção ao mínimo do discurso. Pontos finais matam o pensamento. Vírgulas, fazem a separação de corpos. Exclamações, demonstram o espírito. Interrogações revelam o interesse. Reticências comportam o infinito entre si."
"Algumas pessoas se vão. Mas suas virtudes podem ser encontradas em pessoas raras. E isso é um recado para alguém."
"Cada palavra não dita potencializa a iminência de um conflito. Aquele que busca a solidão, deverá se acostumar com isso."
"Eu reneguei minha solidão. E ainda não sei porque. Mas posso para que o fiz. Dizer em nome de quem o fiz."
Esse é o Raffa sem escudos. Sem bebida. Sem café. Sem raiva. Sem ódio. Sem vingança.
Um raffa mais leve, para usar melhor sua fé.

domingo, julho 29, 2007

Papéis

Papéis são importantes.
Todos eles. Cada um tem algo contido. E é algo geralmente insubstituível.
Algo que faz falta. Algo com valor. E por ter valor, outras pessoas não deveria mexer.
Palavras... letras... ou números. No meu caso falo de papéis com números.
Um papel com oito números.
Um papel que não deveria sumir. Um papel que deveria estar ali, porque é importante pra mim.
Agora eu to emputecido da vida. São exatamente 01:06. Amanhã eu acordo as 05:20 e estou com a velha insônia de volta. Um copo bem servido de café, ignorando o Podereso Chefão na tv.
Tudo porque sumiram com um papel.
Tudo porque eu não sou tão auto suficiente como pensei que era.
Tudo porque de repente apareceu alguém que não estava escrito. Alguém com quem eu não contava, quando planejava minha vida.
Preciso da mais café. Preciso ouvir os conselhos de Don Vito Corleone.
E principalmente...
EU PRECISO DO TELEFONE DELA!!!

sábado, julho 28, 2007

Ziguezague liberador

"De acordo com reportagem publicada na edição deste sábado da Folha de são paulo, o fiscal Agnaldo Molina Esteves fez três ziguezagues com o carro na pista e não visualizou nenhuma poça ou lâmina d'água. Seu relato fez a pista do aeroporto ser liberada minutos depois." - do site do jornal a Folha de são paulo.
É necessário falar algo mais?

quarta-feira, julho 25, 2007

Jabor e Mainardi

Jabor. Mainardi
Tai dois caras que eu admiro. Vi o Jabor falando sobre um depoimento da aeronáutica sobre o caso do avião que explodiu. Vi também o podcast do Diogo Mainardi sobre o mesmo assunto.
Jabor fala que não é hora de buscar culpados. O que passou, passou, e o povo não tem de querer derrubar, mas sim construir. Está na hora de dar as mãos e levantar o país, juntando o povo e o governo.
Mainardi fala sobre o silêncio. O silêncio de Lula. Este nada disse sobre o caso, nem sobre suas vaias. Típico. Está deixando o povo esquecer. O povo é burro sempre esquece. Maquiavel está certo. [Nietzsche, Maquiavel, Heráclito, Diógenes o Cão, Sun-Tzu, Napoleão... É. Minhas leituras são no mínimo déspotas.] Mainardi continua dizendo que se o presidente acha que está tudo bem no aeroporto, ele que vá pousar com o aerolula lá [trocadilho sem intenção] com as mesmas condições do fatídico vôo. E no aerolula ele pode colocar o Palocci, Marcos Valério, Mino Carta, Ângela Guadagnim, Renan Calheiros, Marta Suplicy, seu filho Lulinha...
Precisamos de culpados. Para puni-los. Matá-los. Arrancar suas tripas, por serem tão desgraçados com a população.
E nesse pouso do aerolula, eu descolo um lugar para o Jabor.

terça-feira, julho 24, 2007

"Máximas e aforismas Raffalenianos sobre si"

"Todos os dias eu me olho no espelho. Custo a acreditar que o que vejo lá sou eu. Ainda existe algo de cristão nos olhos que eu vejo. Existe a vontade de ser aceito."
"Toda lógica morre em si, e para si. A sua limitação é também sua força. E com a lógica descubro coisas que não gostaria. Maldita a hora em que abri meu primeiro livro."
"Egoísmo. Meu ego é só meu. Se eu não alimentá-lo não quero que ninguém mais o faça."
"Sobre ser sozinho, digo: isso não me aflige tanto quanto no passado. É necessário respirar o ar das altas montanhas, e não quero ninguém ao meu lado roubando esse ar."
"Quanto ao amor, nada posso dizer. Ele é inefável por definição."
"Dialética nefasta, sempre diz de onde veio cada palavra, e para onde vai a próxima. Nesse meio vive o filósofo. É lá que estou."
"A coragem de ser filósofo reside em um fato talvez único. O fato de que cada passo para dentro da filosofia, é um passo mais longe daquilo que te faz humano."
"Bondade e caridade, felicidade e solidariedade. Tais coisas se reservam a outros. Aos filósofos, [e também a mim] a verdade."
"Vivo dizendo coisas sobre mim. Geralmente não sou ouvido. Porque se fosse, eu teria menos amigos. Teria menos pessoas para me ouvir. Mas tudo bem. Agradeço a essa surdez seletiva."

segunda-feira, julho 23, 2007

Tempo ruim

Aqui estou eu. Outro dia sem dormir, outra briga, outra confusão sem porque.
Estive parado, bebendo cerveja, sozinho na porta do meu querido bar. Mas todos sabem que nesse mundo nada é perfeito e agora eu tenho que voltar a me preocupar. No outro dia eu bem que queria passar um dia que fosse como se fosse normal. A vida bem que podia me ser complacente, e me falar gentilmente, mas não. Ela sempre prefere latir:
"- Seu boçal, retardado mental. Seu nome é dito pelos mais imbecis. Você se tornou o mais canalha, e tem o dom de fazer o lugar esvaziar. Não há porque ser cheio de si."
Na verdade fico pensando no quanto é ruim ser como sou. Bebo demais, falo demais, resmungo demais, brigo demais. Sendo como sou o que é que eu recebo?
Não sei dizer quem eu espero, nem em quem acredito, e querendo ter mais que mitos o que é que se recebe? A vontade é de destruir. E não dá pra ser diferente, com tanta gente me olhando esquisito. Não dá pra ser diferente, e o que eu tenho feito, não dá pra chamar de bonito.
Quanto as certezas que tanto pedi, veio-me poucas. Sei que nada será como costuma ser, e que a estrada me deu as costas. Na minha mão a cerveja já esquentou. O vento não sopra a meu favor, e do meu lado a raiva que sempre vai me consumir.

quinta-feira, julho 19, 2007

Pan pra que?

Vamos lá. Vamos parar para pensar.
Fome e miséria no país. Amazônia indo pro buraco.
Crise aérea [nem cito o fato da terrível treagédia, que tenho razões para crer que poderia ter sido de certa forma evitada com uma pista de pouso como as inglesas, com quatro quilômetros, o dobro das nossas]. CPI dos bingos. PCC. Comando vermelho. Favelas. Desemprego. Infraestrutura rodoviária horrível. Pedágios superfaturados. CPI dos correios. Corrupção a flor da pele. Senadores psicopatas. Previdência social aos cacos. Racismo em voga nas universidades com suas cotas. Valérioduto. Dossiêgate. Martaxa rindo da gente. Angela dançando no plenário. Absolvição em massa dos corruptos. Ensino péssimo. Hospitais falidos. Outros presidentes [Evo e Hugo] rindo da nossa cara. E por ai vai. Poderia passar uma vida ou duas escrevendo os problemas desse país imundo.
E com tudo isso, gasta-se absurdos para reformar estádios? Vá se foder!
A única coisa para que o Pan serviu foi para que o povo do Rio pudesse vaiar o cuzão do Lula, que percebeu que não se pode comprar afeto.

quarta-feira, julho 18, 2007

Querer ser.

Nada será como devia ser, nada vai ser fácil.
Já não sei o que espera por mim, e minha arrogância se volta contra seu dono.
Toda expectativa é frustrante. Todo apego, raíz do sofrimento. Em meus dedos porosos o suor.
Em meus dias a droga da minha vida.
Em cada esquina algo não vivido. Nas sarjetas os sonhos que ousei sonhar. [mas a ressalva cai bem. Quem não é assim? Vai saber.]
Nesses dias eu fico mais emputecido. Mas isso é normal.
O anormal é que estou de certa forma mais triste. Isso me incomoda.
Toda a certeza que tenho é que o vento não parece estar ao meu favor. A estrada anda fugindo de meus pés.
A cerveja na minha mão está esquentando, e não há ninguém ao meu lado.
As nuvens estão fechando. Inferno... parece que vai chover.
É inverno, e droga! Me sinto fraco, fruto de meu querer ser mais humano...

terça-feira, julho 17, 2007

Um dia feito quase dez anos atrás.

Um erro muito frequente é confundir metáforas.
Outro erro muito frequente é procurar metáforas onde elas não existem.
Mas de erro em erro a galinha enche o papo.
Lembro de quando eu tinha 16 [como na música] e algumas coisas eram muito diferentes do que são. O que me incomoda hoje é o que não mudou.
E percebo que tudo está diferente, mas lá dentro, onde às vezes eu tenho medo de olhar, aquele quebra cabeça sujo está do mesmo jeito.
Cada peça está em um lugar que não deveria estar.
Algumas coisas devem se tornar ferramentas, mas eu tenho que ser quase lúdico, quando tento falar de mim.
Parte é medo. Parte é preguiça. Parte é porque tem tantos pedaços soltos e estragados que fica difícil lembrar de todos.
E quando eu digo que eu sangro, que luto, que procuro a exaustão e a dor, o erro acima dito se repete.
Não procure pelo lado bom, supondo que ele existe. Às vezes um charuto é só um charuto.

segunda-feira, julho 09, 2007

Não ser.

Não posso me negar o mundo. Não posso me negar a vida.
Na verdade posso, mas não quero. No fim de tudo não passo de um mimado. Narciso talvez... Uma certa moça que lê Clarice e gosta da capa do livro do Deleuze sabe um pouco sobre isso. Pouco, mas sabe, e isso por si só já é algo raro.
Fato é que sexta eu quase joguei a televisão no chão. Vi um trecho de uma novela com minha mãe e como ela está novamente boa, posso voltar a ser o mal humorado de sempre. Aquilo não tem nada a ver com minha vida. Nada a ver com minha realidade. Tudo é superficial.
Nada lá fede. Nada lá sangra. Nada lá soa.
Todos choram. Todos riem. Todos são felizes.
Felizes demais.
Ninguém é sozinho. Ninguém pensa em nada além do que todos pensam. Fulano ama beltrano que ama cicrano. Mas no fim, sempre dá certo.
Isso não é minha vida. Sou comum. E nada sai do que é comum. Não sofro demais, não sou feliz demais. Em compensação não sou de plástico. Não sou artificial.
Eu vivo sangrando. Eu vivo fedendo. Eu vivo suado.
Porque estou vivo. Porque eu sou o não ser.
Porque eu sou a contradição.

quinta-feira, julho 05, 2007

Ela voltou.

Ela voltou.
Brigou comigo, reclamou que eu deixei o quintal mal lavado e que a casa está mal arrumada. Disse que eu pratico kung fu demais, que eu leio demais, que eu escrevo demais e que eu fico tempo demais no computador. [O que me faz pensar... se eu realmente faço tudo isso demais como ela fala, quantas horas tem meu dia?]
Reclamou do meu café, que a louça precisava ser lavada, que o fogão estava imundo, que minha cachorra estava fazendo bagunça demais.
Brigou porque meu quarto estava mal arrumado. Porque tinha muitos livros pelo chão, muita revista perto da televisão, muitas apostilas em cima da cama, muito jornal velho guardado.
Meus cd's espalhados pela estante, minha correspondência ragada, minhas dívidas a serem pagas. Minha coberta jogada no sofá, a luz da sala acesa sem ninguém, a televisão falando sozinha. A roupa espalhada pelos cantos da casa. Eu sem carta de motorista. Deu pra sacar para quem eu puxei?
Ela não morreu. Está se recuperando, mas está curada.
E no meio de tudo isso ela arrumou tempo para se preocupar comigo e me perguntar se eu tinha passado de semestre...

quarta-feira, julho 04, 2007

Obrigado a todos

Acho que minha mãe morreu. Não tinha pulso, não tinha temperatura, não tinha batimento. E voltou. Não sei como, nem importa.
Então ela tem alta.
Eu to mal ainda. Ela tem que verificar o que tem e o problema no pulão permanece. Ninguém sabe o que é.
Foda.
Volta e meia a febre volta baixa. Um espectro que está me matando.
Meu primeiro professor de filosofia do colégio, hoje meu colega de trabalho vem conversar comigo e me lembra de algo.
"As coisas são o que são, e assim serão e permanecerão até o decreto do tempo."
Essa é do Parmênides eu acho. Sou péssimo em filosofia antiga.
Vamos ver o que acontece. Eu estou fazendo tudo que posso. Brigando com quem quiser para levar minha casa nas costas.
E o que tiver que ser, será. Assim é o decreto do tempo.
E meu obrigado a todos que estão me ajudando. Pessoas que nunca vi pessoalmente, mas parece que isso não faz diferença.

segunda-feira, julho 02, 2007

Domingo.

12:20 pm.
36. 37. 38. 39. 40. 41. 41,5.
Não dá mais mãe. A gente vai pro hospital. É muita febre. Não importa se você quer ou não.
Ela vomita. Ela tá tremendo muito. Não falava coisa com coisa. Trânsito. Meu pai nervoso. Pouca grana. Eu com medo. Ela tem sede e não tem fome. Uma médica bacana. O enfermeiro é brincalhão.
Minha mãe começa a chorar. Primeira dose de remédio na veia. A febre cede. Cede pouco. Ela reclama de dor na barriga. Muita dor. Ela chora mais. Começa a tomar soro. Ligo pra casa ninguém atende. Minha irmã some. Meu pai tá tranquilo. A febre para de ceder. Outra dose de remédio. Ela dorme. Ela acorda. Outra dose de remédio. A febre cede. Finalmente.
Mas não vai dar. Vamos ter que levá-la para outro hospital. Meu medo aumenta.
17:50 pm.
Pedem transferência. Minha mãe dorme. Eu com fome. Meu pai preocupado. Eu começo a ler o Estadão. Termino de ler o Estadão.
20:57 pm.
Aprovam a transferência. Minha mãe tá sem febre mas ainda tem dor. Muita dor. Fico preocupado. Com medo.
21:10 pm.
A ambulância chega. Uma enfermeira atenciosa. Um motorista idiota que não fala. No caminho eu estranho a paisagem. Pra onde estamos indo? Fico puto. Muito puto. Olho para ele de um jeito que eu sei, ele vai ter medo. Acerto. E ele tem medo. Parece que muito medo. Pela primeira vez fala comigo. Não me olha nos olhos. Ele gageja. Pede desculpas por ter errado o caminho. Foi sem querer, ele diz. Não respondo.
22:00 pm.
Chegamos no hospital. Minha mãe volta a ter febre. 41,5. Meu medo aumenta. Meu pai já está lá. Chegou antes da ambulância. A papelada já está pronta. Ela vai ser internada mesmo. Não vai sari do hospital tão cedo. A médica avalia. Parece ser pulmão. Fruto de anos de cigarro. Não se sabe o que minha mãe tem. Não se sabe quando vai melhorar.
Mas de uma coisa eu sei. Eu to com medo.
Muito medo. Como nunca senti em toda minha vida.
23:50 pm.
Voltamos pra casa. Ela fica. Então eu choro.

sábado, junho 30, 2007

Ei amigo!

Ei amigo! Traga o absinto.
E por favor, hoje, nada de idiotice. Nada de me parar. Nada.
Tudo o que eu espero de você, é que você mantenha o copo cheio.
Quanto a mim o copo e o guardanapo de papel. Nele ficará tudo aquilo que eu preciso.
No fundo do copo a vontade de te destruir.
No papel a vontade de te ter.
Meu problema sempre foi um só. Eu sempre me preocupo de menos e tenho péssimo gosto pra mulheres.
Faço o que não deveria fazer. Bebo o que não deveria beber. Digo o que não deveria dizer.
Sou o sócio fundador do Clube dos Panacas. Não me aguento mais, odeio quem fala demais.
Cada um que saiba de si, e quem não aguenta que vá para outro lugar.
Quanto a você caro amigo... bom... minha vida é minha, e a sua que se foda.
Só mantenha a porra do copo cheio, cale a sua maldita boca e de o fora daqui.

sexta-feira, junho 29, 2007

Caridade de cú é rola.

Tudo o que me espera é meu reflexo. Quero ter algo pra ver no espelho. Algo que eu goste de ver.
Não quero compaixão. Não quero piedade. Não quero favor.
Aquele homem a quem você da comida, é também o homem que não possui mais a vontade. A vontade de ser algo melhor do que é.
A cada grão, a cada migalha morre alguém que poderia ter feito algo de descente nesta vida. A vontade de ser aquilo que ele poderia ter sido, vai morro abaixo a cada ato humanitário que recebe.
Por isso odeio Ongs. Pelo fato de que elas de fato só fazem aquilo que não deveriam fazer. Elas fazem aquilo que o estado deveria fazer. Aquilo que o cidadão deveria fazer. [Hobbes mais uma vez se faz presente...]
Ong é centro de caridade. E caridade é o mal supremo. Caridade é aquilo que atrofia a vontade do homem. Caridade é aquele que carrega quem não quer caminhar.
Quer ajudar? Empurra o cara penhasco abaixo. Se ele morrer, é sinal que não merecia viver.
Se ele viver, ele sairá ainda mais forte, e realmente pronto para viver.

quinta-feira, junho 28, 2007

Liberdade

A porta bateu atrás de mim. Agora que estou sozinho mais uma vez.
Finalmente voltei a ser o que sempre fui. Finalmente as coisas estão no lugar novamente. A doença é assim.
Diria Nietzsche [que começo a ficar cansado de citar] que apaixonado é quando o homem tem maior chance de ver as coisas exatamente como elas não são. E eu não posso me dar ao luxo de estar errado. Não sou obcecado por lógica, linguagem e pelos estudos morais, para de repente, do dia pra noite começar a me equivocar.
Sim, foi um pesadelo, onde eu começava a ver as coisas como elas não são.
Alegria, felicidade, leveza, pureza. Tudo isso é reservado para algumas pessoas. Para aqueles que buscam isso. Eu busco coisas diferentes. É no nada que vive a liberdade.
E eu quero ser livre.
A solidão canta com ares selvagens. Ares da montanha. Encaro o diabo nos olhos, e o domino.
Então entendo porque sempre fui expulso do inferno.
O demônio temia que eu dominasse aquele maldito lugar.

quarta-feira, junho 27, 2007

De dentro do buraco que eu fiz.

Ela ainda está lá, e está porque quem ela veio procurar não está lá. E esse alguém, é claro não sou eu.
Prendo um elástico no braço. A circulação para. Preparo a seringa, e pego a veia certa. A agulha fura a carne, e despeja dentro do meu corpo o primeiro passo.
Agora posso sentir melhor. Coloquei em mim mesmo um remédio que eu mesmo criei, e com esse remédio eu posso sentir tudo muito melhor. Toda a alegria, toda certeza, toda felicidade, toda bondade.
Toda dor.
Agora eu pego uma faca enferrujada e corto meu estômago. Faço um buraco enorme. Enfio a mão dentro da ferida e arranco você de dentro de mim. Arranco e jogo fora. Jogo bem longe.
Agora dói uma dor dos diabos. Uma dor do inferno.
Então eu faço o que qualquer outro homem faria. Chamo uns amigos, e vou para o bar beber, rir e jogar bilhar até o outro dia chegar.

segunda-feira, junho 25, 2007

Brasiville!!! Chainssaw massacre!!!

Caos, anarquia e tiroteio!!!
Puta merda mas que farra do caralho!!! Putaria como essa ninguém viu!!!
Brasiville!!! Chainssaw massacre!!!
Brasiville!!! Chainssaw massacre!!!
O últimato foi dado pela enésima vez [isto é tão contraditório, que até para escrever é feio]. Mais uma vez o presidente decreta que a crise deve acabar [como se isso precisasse ser dito...]
Lula afirmou também que é preciso formar novos controladores de vôo para substituir aqueles que irão se aposentar ou que "queiram fazer movimento sem levar em conta a respeitabilidade que tem que ter com o povo brasileiro".
Ora... se isso não foi um ataque direto ao controlador de tráfego aéreo Carlos Trifilio, eu como todos os meus camisões de flanela.
O presidente afirma ainda que fez "muitas greves na minha vida, e eu consigo perceber quando tem má-fé, quando tem má vontade, quando tem disposição".
Como todos sabemos, Lula é um exemplo quando o assunto é avaliar moralmente uma situação ou mesmo uma única pessoa. Vide o exemplo de todos os seus indicados para os ministérios no primeiro mandato.
Brasiville!!! Chainssaw massacre!!!
Brasiville!!! Chainssaw massacre!!!

domingo, junho 24, 2007

50 dias...

Queima. Mata. Empilha. Destrói.
Invadiram a usp, e porque não?
Ta tudo danado do lado de lá. Tanto quanto do lado de cá. Um bando de adolescentes estão lá, relembrando o gosto da nostalgia precoce.
O gosto da raiva por não serem da década de 70. Agora... filho de peixe, cabrito é.
Estão lá orgulhando os pais. Aliás... o último uspiano com quem conversei não sabia porque estavam lá... [enfim]
O importante é que dessa vez eu dou o braço a torcer.
Queima. Mata. Empilha. Destrói.
Eles fizeram o que eu não consegui fazer. Botar a faculdade deles com o rabo entre as pernas.

sábado, junho 23, 2007

Uma noite para um condenado.

Ah... eu tenho tanto a lhe dizer... mas a noite acaba sempre antes da nossa vontade de beber, sempre antes da minha vontade de te ter.
Aquele lugar cheirava a decadência, e é assim que a gente parece gostar. Em todo canto eu não saberia dizer o que vejo, e sabendo dizer, talvez gostaria de não ver.
Em cima da mesa estão as latas vazias, o copo onde acabei com aquele uísque vagabundo. Você ainda me ofereceu um pouco do que estava bebendo, e eu não sei recusar nada que tenha álcool.
Gritos. Distorção. Cerveja. Suor. Decadência.
Em pouco menos de uma hora já estavam todos bêbados, caídos pelo chão. Tudo isso faz parte da minha vida. De certa forma é rotina. Entenda então por favor, que ninguém espera nada de mim. Ninguém conserta aquilo que nasce com defeito. Mesmo que eu quisesse acabar com minha raiva, nada mudaria de lugar.
Ai o lugar trouxe alguém até mim...
Eu tinha tudo pra ser aquilo que eu queria.
Até você chegar.

sexta-feira, junho 22, 2007

Vencer é a palavra

[cenário: uma cozinha. em cena um homem com barba e brinco de ouro.]
- Hei, hei, yo, ho!!! Tragam a ânfora de vinho! O que eu tenho feito não é bonito, mas é assim que eu vivo, e vou fazendo pensando em viver! [entra uma garota de seis anos]
- Oi pai!
- Já chegou filha?
- Hoje na escola eu briguei com a professora?
- Hei, hei, yo, ho! Mas porque?
- Porque a professora queria me dar uma nota 4,5. Ai eu falei e gritei, briguei e xinguei, até que ela me deu a nota que eu queria de verdade.
- Seu velho avô Nobrum ficaria feliz! Qual a nota que você ficou?
- 9,5!!!
[cantam juntos pai e filha]
"- Nosso pouco tempo que resta, deverá ser gasto com alegria sem fim, destilado com um pouco de gim. Nessa vida tudo que você conseguir será bem vindo e nada deve te impedir de continuar conseguindo!!! Hei, hei, yo, ho!!! Tragam a ânfora de vinho! O que eu tenho feito não é bonito, mas é assim que eu vivo, e vou fazendo pensando em viver!"

Porque vencer é a palavra, e perto dela amizade não significa nada.

quinta-feira, junho 21, 2007

Jesus está voltando, mas a ditadura vem ai! Olê, olê, olá!!!

Minha monografia, para me formar nessa faculdade que não aguento mais frequentar, se chamará: "A Moral Cristã como ferramenta de dominação política".
Espero também que este seja meu primeiro livro publicado. O filósofo onde busco referência e apoio, é Nietzsche [nada mais óbvio vindo de mim...] e a obra "Para a Genealogia da Moral".
Um amigo meu, me advertiu recentemente para que eu mudasse o nome do livro, que mudasse minha linha de pesquisa, e se possível até de curso. Explico. Ele é paranóico e conspiracionista, e afirma que estamos a beira de uma nova ditadura militar. E como todos sabem, militares são todos morais e cristãos enrustidos. [Entretanto esta minha afirmação pode gerar controvérsia].
Sim ele é paranóico... ou assim eu supunha até saber que o Comando da FAB (Força Aérea Brasileira) determinou a prisão do controlador de tráfego aéreo Carlos Trifilio, de São Paulo, por dizer a imprensa que tinha controladores gagos em sua equipe, que muitos eram incapazes de realizar as funções e que ele mesmo não tinha competência para o cargo que havia assumido.
Ele foi portanto preso e punido por um único motivo: falar a verdade.
Agora eu começo a pensar melhor no conselho do meu amigo...

quarta-feira, junho 20, 2007

Brasil, o velho Vapor do Lula-Bebum.

Somos amigos no bar, somos amigos em paz....
Dona Marta-dois-Maridos, mulher despudorada, brinca, e a alegria não tem fim.
"Relaxa e Goza!!!", é a ordem do dia!
Mas eu estou bêbado, e bêbado, todos sabem, não goza... [e agora José?]
Então, lançava-se a falar o velho Torneiro Lula-Bebum, pedindo uma hora a menos na semana e aquela boa garrafa de rum.
Passava o dia falando, mas nunca lhe deram atenção. Fazia piada da falta que o dedo lhe faz.
O Açougueiro Geraldo-Pinga-em-Mim, que trabalhava pouco demais, dizia com os olhos abertos: "sempre que brincar de médico, tenha uma licensa na mão." Mesmo que falsa, o cuidado nunca é em vão!
Já o Capitão Serra-Dente-Trincado, promete passar alguns anos no leme com prática além do comum. Alguns dias depois, entrega o leme para o Capataz, que decreta o fim da paz.
No meio da confusão, o cachorro do perneta Willie-Doido, Palloci-Hippie-Sujo, rouba minha cerveja, e ri da minha cara então.
Traga-me o marcador de gado, que eu mostro pra essa raça desgraçada, como faço pra botar jeito nessa porra de navio. E andem, já pra prancha, porque essa é só mais uma história que deixa o ódio sem esperança e que não acaba aqui.

segunda-feira, junho 18, 2007

raffa e o eterno retorno

BWAH-HA-HA-HA!!!
O último bar tinha fechado e eu não tinha mais pra onde ir.
Meu copo está vazio, minha vontade ainda fica nessa porra de cidade.
Toda noite sempre tem alguém pra me dizer que meu mal humor está acabando com tudo. E quando eu olho minha garrafa está no fim.
"[...] me traga logo o seu melhor uisque, porque esse seu amigo aqui só tem mais meia hora, até que o diabo descubra que morri e venha me levar embora."
" [...] meus vinte melhores amigos, estão num maço de cigarros."
Eu ia indo pra casa, quando percebi que ainda tinha mais uma cambada embriagada me chamando pra cair. E no meio daquela espelunca caindo aos pedaços apareceu alguém que não deveria aparecer até que eu chegasse ao outro lado e olhasse para cima.
E agora, como eu me torno aquele cara que eu sempre quis ser? [ecos de Nietzsche...]
-hic-

sexta-feira, maio 11, 2007

O fim

É o fim
Querido amigo
É o fim
Meu único amigo, o fim
Dói te libertar
Mas você nunca iria me acompanhar
O fim do riso e das leves mentiras
O fim das noites em que tentamos morrer
É o fim.

Por enquanto o fim...
O pub 66 fechou.

terça-feira, maio 08, 2007

As flores que plantei...

Eu havia jurado pra mim mesmo que não faria o que estou fazendo agora. Lembro que havia dito pra mim mesmo que isso seria uma barreira que não seria ultrapassada por mim.
Mas eu não me prendo a promessas. O efêmero, é o que é. E portanto serei também o que eu sou no instante agora.
Desta vez entretanto ao contrário de tantas outras vezes, eu creio ter um bom motivo para minha quebra de promessa.
Como eu já comentei por aqui, sou professor do ensino público, e eu havia prometido a mim mesmo, que jamais relataria os ocorrido em sala durante o meu dia a dia. Primeiro porque eu pensava que tais fatos seriam sacais. E segundo porque isso seria uma violação da vida dos alunos. O que eles fazem na escola devem ficar lá. É uma parte da vida deles, e eles fazem com ela o que bem entendem.
Entretanto eu confesso. Fiquei surpreso, nesse um ano e meio de experiência no ensino público.
Tive uma aluna, Marina Castilho (também conhecida como Marina Alalá) que se modificou demais enquanto minha aluna. Sua base já era ótima, e ela elevou tudo isso a uma potência incrível! Há também a Camila (Ska) que aplica tudo o que aprendeu comigo em sala de aula na vida. Mesmo que as vezes inconscientemente, o que é ainda melhor.
Este ano, cinquenta alunos me procuraram para montarmos uma oficina de filosofia, fora do horário de aula, e sem vinculo algum com escola. A iniciativa, partiu de um aluno chamado Kauê Zabuto. Parece que eles gostaram mesmo de filosofia... isto supera todas as minhas expectativas.
Agora, o motivo por eu expor estes fatos, foi uma aluna minha, e desta eu não revelo o nome, que perdeu o pai assassinado.
Ela me procurou, e me disse que, quando recebeu a notícia, a primeira coisa que pensou foi em minhas aulas. Tentou usar o que eu ensino a eles, para amenizar tamanha dor.
Quer dizer... pensou em minhas aulas!
Porra!!!
Em meio a tanta idiotice, eu devo mesmo estar fazendo alguma coisa de certo nessa vida. E os meus alunos são aqueles que me mostram isso, quando estou deprimido, ou insatisfeito com a vida. Obrigado, a todos vocês.
São eles, as flores que eu planto no deserto pelo qual atravesso...

segunda-feira, abril 30, 2007

O Garoto Estúpido e o Fantasma

Ato VI, Cena VI, Cápitulo VI.

Cenário: Uma rua marcada pela violência urbana.
Em cena um Garoto Idiota.

Garoto Estúpido - "Sempre espero o pior. Sempre.
E não dá pra ser diferente. Todos devem concordar comigo.
Acabei de saber que a polícia federal desmantelou uma quadrilha que vendia vagas em universidade públicas e particulares.
Por seis mil reais ia um sujeito fazer a prova por você. E ele passava. Não sei ainda se o fazia por mérito.
Por um montante que variava de vinte e cinco mil a setenta mil reais você saia de sua faculdadezinha particular (como a metodista) e ia para uma pública (como a usp).
Aqui nós temos duas surpresas. Uma pior do que a outra.
A primeira supresa é a de que alguém se surpreenda com isso. Um ou dois conhecidos meus (ambos uspianos) disseram que tal fato é injusto. Ora isso, nem precisaria ser dito... (aliás, poderia eu ter perguntado o que é essa tal de justiça, mas eu estava de mal humor e não propenso a uma discussão regada a ideais acéfalos).
Que tudo tem seu preço é público e notório. A venda dessas vagas não deveria mais surpreender ninguém. Nenhum tipo de crime nesse país imundo mais me surpreende.
A segunda surpresa, é que a polícia federal tenha feito sua função.
Isso també não deveria, mas me surpreende. Deveria ser comum, deveria ser banal, não deveria nem ganhar destaque na mídia. Mas não é o que ocorre. Afinal o que é correto, ou pelo menos comumente tido como correto, não ocorre com frequência.

Entra em cena um fantasma feio, barbudo, cabeludo, vestindo uma camiseta do Pearl Jam que grita: "CPI dos bingos, CPI dos sanguessugas, Mensalão, Dôssiegate e muitas outras coisas."

Garoto Estúpido - "Uma contradição leva a outra. Como no sistema daquele bêbado do aristóteles.
E todas são execráveis, devido ao país onde ocorrem."

segunda-feira, abril 23, 2007

E não é que a morte do Boris Ieltsin me afetou?

Morreu mais um.
Uns tempos atrás foi o lunático do chile e agora um da antiga união soviética.
Morreu segundo uma fonte médica ouvida pela agência de notícias russa, a Interfax, devido a problemas cardiacos.
Presidente de 91 a 99, foi um dos pilares para a democratização do país dele e tirou os comunas do poder por lá! Olha só... que coisa não?
Em agosto de 1991, ele ficou de pé num tanque, e resistiu a uma tentativa de golpe. Depois supostamente comandou o fim da antiga URSS de maneira pacífica, defendendo a democratização do país e a transição para uma economia de mercado. Fazendo aqui a tradução mental que vocês já fizeram. Ele abaixou as calças para o capitalismo.
Aqui, eu coloco um ressalva. Uma grande ressalva...
Aos onze anos eu sabia explicar sem problema nenhum quais as vantagens e desvantagens do plano real, e os problemas gerados pelo plano collor. Sabia até fazer um paralelo com o ramo da construção civil. E já sabia que não tinha sido a população porra nenhuma, quem havia tirado Collor da presidencia.
Fui, durante um tempo curto punk de rua. Um idiota, eu sei.
Andava pra cima e pra baixo com uma merda de um moicano crista de galo na cabeça, ouvindo músicas escrotas em bares imundos do ABC paulista. Vi gente tendo overdose com heroína, cocaina e outras merdas que eu nem mesmo sei o nome. Eu mesmo, acreditem se quiserem, nunca usei nada que não seja a boa e velha cerveja... Apanhei e bati em muitos carecas e ski-heads (que não são a mesma coisa) no mesmo ABC. Vi o que mais tarde seria chamado de "punk oi" (uma mistura mais idiota ainda de punk com skins vê se pode... cretinice não tem fim mesmo...)
Li Proudhon e Bakunin aos catorze anos, e pensei que sabia alguma coisa dessa porra de mundo. Anarquismo puro! (desnecessário dizer que me refiro ao sistema politico-economico)
Militei em favor do voto nulo e fundei um comitê sobre o tema no mesmo ABC, a convite de uma professora de filosofia política chamada Lelita Benoit. Procurem por ela e talvez vocês encontrem a informação de que a velhaca é uma filósofa de prestígio na frança. Aqui na américa latina, ela é a maior autoridade em Agusto Comte (grande merda. Todo mundo aqui sabe o valor que eu dou para esses títulos...)
Participei de um debate aos dezesseis anos sobre a questão da Universidade Pública no ABC, e fui expulso do lugar porque eu estava segundo disseram exaltado, quando eu mandei um senador que eu nem mesmo lembro o nome ir a merda (literalmente) porque ele falou que não havia verbas para a porra da Universidade. Falei que isso não é problema da população. Votamos neles exatamente, mas não somente, pra isso. Para não nos preocuparmos com essas questões.
Entrei em sala de aula aos dezessete anos pela primeira vez, para lecionar em um curso pré vestibular. O curso é financiado pela Educafro, uma ong voltada para afro-descendentes. E militei sobre isso também.
Ou seja, eu tinha ideais como os ideais contrários ao de Stalin. Abrir-se é o caralho!
Pau no cú deles!!!
Mas... todas estas causas eu abandonei. Sem excessão. Percebi futilidade em umas, ego em outras, e uma corrente ideologica vazia em mais algumas.
Então eu me faço uma pergunta que não vou responder tão cedo. Não responderei tão cedo devido a minha história, minhas ideologias abandonadas.
A pergunta é: ele não ta certo? Será que não da mesmo pra resistir ante o capitalismo?
Espero que entendam que este é o desabafo de uma história de engajamento político que começou aos onze anos, e que perdura até hoje, meus vinte e dois.
Pra mim é dificil, mas a história está me mostrando que eu estava errado, e a cada dia me mostra mais.
E porra! Eu sou um otário e fico chateado pra caralho por conta disso.
Percebo que meus ideais românticos, eram somente sonhos de adolescente. E que eu não vou aderir ao sistema, e por conta disso serei sempre um frustrado...

OBS. Não uso mais letra maiuscula para se referir a países, estados, munícipios e afins, nem a nada que não seja digno de nota. Ainda me resta um pouco desse anarquismo tosco em mim. Eu sei que é coisa de criança mimada e tal, mas...

terça-feira, abril 17, 2007

Zenão, Esopo, Schummacher e o Brasil

O paradoxo de Zenão explica o porque que o coelho idiota é derrotado em uma corrida contra a tartaruga na fábula de Esopo.
Ele deixa que a pobre saia na frente por cortesia e somente então começa a corrida. Mas para que ele a ultrapasse, ele deve primeiro alcança-la. Supondo que a tartaruga esteja dez metros na sua frente, ele deve então percorrer estes metros.
E para percorre-los ele deve obrigatoriamente percorrer primeiro a metade desses dez metros. E para percorrer a metade de dez, deve percorrer a metadade da metade de dez. E por ai vai... Por isso ele perde a corrida. E vice-versa. Mas o verso do vice, ninguém quer...
Bom... explicado.
Mas Zenão não explica o porque Barrichelo era derrotado por Schummacher mesmo este atrás dele.
Nem porque a China e o Japão se transformaram em potências mundiais, mesmo tendo em determinado momento histórico uma economia com crescimento inferior ao Brasil.
Zenão é mesmo um idiota. Tinha que ser filósofo.
Mas pior é o Esopo!
Este me inventa de morrer, logo agora com tantas histórias engraçadas para se transformar em fábula. Imaginem só: "O fazendeiro Lula Pé-de-cana na roça chamada Brasil."
É Esopo... você foi cedo!

segunda-feira, abril 09, 2007

Vai a merda porra!

"Calma Rafael!"
"Rafael, você anda muito estressado!"
"Você é muito radical."
"Seu estúpido."
"Frio."
"Insensível."

Se eu ganhasse dez centavos cada vez que cada uma dessas frases fossem dirigidas a mim, eu certamente estaria nadando em dinheiro, feito o Tio Patinhas. O Morcego Vermelho se lembra dele. Sabe como é.
Agora eu pergunto: Como é que eu vou ter calma???
Saio de casa as dezessete e trinta, para que eu consiga chegar na porra da faculdade as dezenove e trinta.
De repente, não mais que de repente, como diria aquele poeta cretino, tudo para. Os ônibus simplesmente param na estação, e não saem. Aliás, não só tudo para. Agora vem a melhor parte! Niguém explica o porque!
E é claro que não explicam. Porque haveriam de explicar?
Eu moro no Brasil caralho! As vezes eu esqueço a merda de chão que piso.
Então eu chego atrasado. Apareço nessa porcaria de faculdade mercenária exatamente as vinte horas e vinte minutos.
Aliás, como eu não tenho ética alguma eu cito o nome da faculdade que chegou ao cúmulo de alugar um espaço para abertura de um salão de beleza.
Eu não sou bonito. Não pretendo ficar bonito. Não preciso disso portanto.
O nome desse caralho de faculdade é Universidade Metodista de São Paulo.
Sim, como se não bastasse a desgraça diária, a universidade onde eu estudo, é também uma igreja protestante...
As vezes paro pra pensar nisso, e depois penso em porque diabos eu não coloco uma corda no pescoço e pulo do banquinho.
Eu vivo numa sociedade hipócrita que nega a superioridade do outro, transformando virtudes como força, beleza, orgulho, imponência, inteligência, em defeitos como arrogância, estupidez, avareza.
Uma sociedade que não se afirma e se apega em conceitos cretinos e toscos como compaixão, amor, bondade, misericóridia...
Porra!!!
Já parou pra pensar que se você é forte, você não precisa de compaixão, mas sim de respeito mútuo?
Que se você é inteligente, você não precisa de bondade, mas sim de compreensão dos direitos seus e de outrem? Precisa de JUSTIÇA!!!
Que se você percebe que tudo, inclusive o ser humano, é efêmero e transitório, não há porque buscar a permanência dos fenômenos, e por isso aquele papo de poeta com dor de corno sobre "o amor ser eterno" se desmancha no ar?
Inferno!
Eu não aguento mais viver essa vida desgraça e mesquinha, onde as máscaras sorridentes, cobrem os caninos banhados em veneno.
Se afirme. Seja o que é, e assim permaneça até o decreto que você impor sobre o tempo.
Não negue o outro. Reconheça honra onde houver.
Reconheças suas limitações para superá-las.
E assim, quem sabe, quando isso acontecer, eu paro de escrever nessa merda de blog, compro uma bela escopeta e mato todo mundo que desgraça a minha vida e a vida de outras pessoas nesse país.
Afinal, sonhar ainda me parece uma opção...

sexta-feira, abril 06, 2007

Lobão, o sociologo sociologista.

Converso sempre que posso com o Gabriel, dono do Labrinto do Não. Excelente blog o dele, recomendo sempre que posso, assim como todos os que estão figurando ai do lado.
Armas e Rosas, da Lucy. A feminista Simone, a Casa da Jenny... enfim.
E o Gabriel durante a conversa me lembrou de uma frase do Lobão, maior sociologo que essa merda de país já viu:
"O Brasil é uma nação cover."
Puta que pariu! Quem precisa de Fernando Henrique Cardoso, tendo um sociologo como lobão.
Veja bem: temos um crescimento digno das piores nações africanas, criminalidade como nos becos de Nova York dos anos setenta.
Nossos políticos lembram os italianos do século passado.
E quando nos deparamos com os originais, abrimos as pernas como boas putas francesas.

segunda-feira, março 26, 2007

Sobre o R

Não tente controlar seus instintos.
Você ficará frustrado ao perceber que isso é em vão.
Não conseguir fazer você se apaixonar pode até ser uma maldição...
mas está é minha porta, é minha limitação...

Afinal tudo muda quando se cruza uma barreira tão forte
você vê o mundo como algo além de uma mentira.
E então vai... com a estrela mais forte...
esquecendo teu norte... apostando na sorte.

E quando chegar, o que será?
Qual a história que iremos contar?
Qual será o muro que você ira derrubar...?
E percebendo que nada ficou mais claro...
E percebendo que toda luz nubla a visão...
para onde você vai?

Afinal tudo muda quando se cruza uma barreira tão forte
você vê o mundo como algo além de uma mentira.
E então vai... com a estrela sem norte...
se esquecendo é forte... apostando na sorte.


(...)

Espero que você ache que essa tem mais jeitão de música Lucy.

quinta-feira, março 15, 2007

E o Collor chorou... pau no cú dele.

Collor chorou.
Chorou quando terminou seu discurso sobre o ocorrido durante seu impeachment. Afirmou que foi vítima de, segundo suas próprias palavras, "farsa, abusos e preconceitos."
Afinal de contas, o plano Collor que afundou na merda a minha família e a de tantos outros realmente foi uma farsa. Tinha que ser. Se fosse sério, se fosse realmente sério, eu seria um desgraçado por morar nesse país após tamanha falta de respeito. Após tamanho estupro de meus direitos.
Ele foi vítima da sua própria farsa, afinal ele astutamente não cita nomes de quem fez o que fez com ele. Como ele não cita nomes eu cito. Collor.
Ele também sofreu abusos. Afinal de contas, quando que um presidente poderia ter feito o que fez? Bloquear a força de trabalho acumulada como papel moeda de um trabalhador? Como se bloquea força de trabalho?
Neste ponto da leitura eu aconselho uma leitura prévia do fetichismo do Karl, para melhor entendimento do que estou falando. Não gosto dele, mas admito, que esse trecho de sua obra é digna de nota.
Mais uma vez ele sofre de abuso. Abuso dele, óbvio, para com ele mesmo. Ele abusou de alguém, nese caso de mais de cem milhões de alguém. Talvez ele tenha se incluido na lista dos que foram abusados por ele mesmo. Se ele não cita nomes, eu cito. Collor.
Mas preconceito? Ora...
Preconceito... Talvez, Collor tenha tido uma crise de Lulismo e então emburrecido. Mas eu explico a ele o que significa preconceito.
Pré-conceito. Um conceito formado sobre algo antes do conhecimento empírico ou não, adquirido sobre esse mesmo algo.
No caso do Collor, não havia uma formulação prévia do ocorrido, para que fosse instaurado o processo que desencadeou em seu impeachment. Pelo contrário.
Pelo contrário... Todos sabiam do ocorrido.
Meu pai perdeu o emprego. Minha mãe perdeu o emprego. Passamos necessidades, e privações básicas, como alimentação.
A vizinha de minha professora se suicidou quando perdeu a chance de comprar sua casa.
Meus pais, minha professora, sua vizinha... todos sabiam bem sobre o ocorrido.
Então, Collor, seu filho da puta, não admito que você diga que foi alvo de preconceito, nem mesmo de si mesmo.
Aproveito agora, pra ofender não somente nosso ex-presidente, mas também a todos que neles votaram.
Saibam seus desgraçados, que o país seria um lugar bem melhor se todos vocês morressem queimados ou afogados. Como morreriam eu não sei, mas teria que ser com dor. Muita dor e sofrimento.
Pois é isso que vocês proporcionam para o país elegendo um psicopata do calibre do Collor.
Dor e sofrimento.
Meus sinceros votos de dor e agonia pra vocês. Que suas mortes sejam lentas e sofríveis.
E se eu as presenciar, saibam que sentirei algo muito próximo de um orgasmo.

quinta-feira, março 08, 2007

Estilhete sem cabos

Estou voltando aos poucos.
Eu avisei que ficaria sumido por uns tempos, e o último post saiu sem querer...
Dessa vez, eu não tenho muito pra dizer. A raiva deste velho grunge se misturou com uma boa dose de tristeza.
Por hoje eu só falo sobre mim. Mas isso será raro. Não se repetirá eu creio.
Sou chato e reservado. E para algumas coisas o "que se foda" não é a melhor resposta.
E essas são as coisas que valem a pena...

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Voltei.

"O homem tende a escarnecer o que não compreende." - Goethe.
Explico.
Eu sou um homem no mínimo excêntrico. Digo no mínimo, pois estou sendo generoso comigo, algo que não costumo ser. Se não fosse usaria adjetivos mais ácidos e ainda assim cabiveis. Mas fui.
Ou não quem sabe? Fato é que entre minhas atividades tidas como excêntricas, está o fato de eu adorar beber em bares na República, na Liberdade, ou no calçadão da Oliveira Lima, em especial no bar do Jé.
Quanto mais podre o bar, mais gente interessante você encontra, mas eu já falei disso. Esse café já foi servido.
Outra atividade que adoro, é ir a shows. Mas não se confundam, por favor.
Não vou em qualquer show. Não, mil vezes não!
Eu vou nos shows onde o local é fechado, as bandas bêbadas, você encontra meia dúzia de pessoas desmaiadas no chão, mergulhadas no próprio vômito, e lá pelas duas ou três horas da madrugada o teto começa a pingar suor.
Mulheres se beijam, depois beijam homens, que beijam outras mulheres, e todo mundo, como raras excessões (eu, no caso) termina a noite no banheiro encardido e lavado de suor, sangue, vômito e urina transando.
Mas poucas pessoas sabem que gosto desses lugares.
Para quem não sabe, eu sou cabeludo e barbudo. Me visto mal, e adoro camisões xadrez. E também chapéus.
Gosto deles. Uso com frequência um chapéu meio hippie, o que me faz ficar com um visual meio mendigo...
Semana passada, ou retrasada minha adorável mãe desferiu as seguintes palavras:
"Tira esse chapéu idiota da cabeça. Quer se aparecer amarra uma melância no pescoço. Moleque burro!"
Eu respondi a ela, com toda a calma que eu não tinha naquele momento, que eu poderia tirá-lo sim. Claro que podia, afinal ela é minha mãe!
Mas antes eu pedi a ela que me apresentasse um único amigo dela que fosse mais inteligente do que eu. Se ela o fizesse eu não apenas tirava o chapéu, mas também o comeria. E o comeria sem tempero nenhum!
Eu continuo com a porra do chapéu na cabeça.

E para terminar a letra de uma música bem positiva do Sick Terror.

No Cú!

O seu mundo é tão perfeito,
cheio de pessoas bonitas e alegres...
NO CÚ!!!
ENFIA ELE NO CÚ!!!
Escola + trabalho + visual + status +
carreira perfeita + ficar bombado =
não diz nada pra mim!!!

terça-feira, janeiro 30, 2007

Vou, e não sei quando volto.

Estou estagnado. Não aguento mais.
Quero uma dose de vodka russa, uma dose bem forte.
Ou Prozac. Também serve. Fato é que eu estou com uma grande quantidade de problemas, e com todos eles me rondando a cabeça, não produzo nada direito.
Principalmente quando eu preciso pesquisar para produzir.
Então o Pub 66 ta de férias, mas ele volta dentro de duas semanas semanas no máximo.
Desculpas para aqueles que realmente gostavam desse café amargo. Mas como ele é sempre verdadeiro, eu não posso servir qualquer coisa pra vocês.
Eu volto, podem esperar.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

No dia em que Lula visitou o Pub 66

Lula pediu para que os paises latinos pararem de chorar suas misérias ao redor do mundo. Claro. E porque não fariamos isso?
Nosso presidente está certo. Concordo com ele, muito embora eu saiba que seu discurso tenha sido demagogia pura. Em alturas tão rarefeitas que é quase impossível de se ouvir.
Mas infelizmente ouvimos...
Obviamente, como ele é quem é, logo em seguida implorou para que os países mais abastados façam concessões. Ele deve ter lido meu último post. Mandou a lógica pra casa do caralho. Ou talvez, ele o tenha lido anos atrás, quando o post ainda não tinha sido escrito. Vai saber?
Na Lulândia tudo é possível. Filho perde a virgindade antes do pai, cabritos voam e soltam bolas de fogo dos olhos, e um analfabeto é eleito presidente de um país.
A parte ruim, é que quando o Lula bebeu o café daqui, eu estava de folga... caso contrário eu teria de muito bom grado envenenado a droga do café, e o teria visto morrendo de forma lenta e dolorosa. Ah... que dia glorioso este que não aconteceu! Mas os melhores dias são sempre esses... os que não amanhecem.
Ele também afirmou que não se candidatará em 2010. Mas como ele é quem é, sabemos de antemão, que isso é mentira. Assim como sabemos que o país não crescerá 4,5% ao ano. Jamais.
eu espero uns três e meio e olhe lá!
O super ávit primário já foi reduzido. Óbvio. Voltamos para os tempos FHC. Lula afirma que não o utilizou como ferramenta eleitoreira, mas... bem vocês já entenderam o raciocínio.
Agora eu espero pacientemente o dia em que o Lula vai aparecer no Nordeste e dizer para eles o mesmo que disse para o mundo.
Para eles pararem de chorar a miséria e de importarem culpados.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Universidade é o caralho.

Meu mau (com "u" mesmo) humor voltou.
Espalhafatoso, desregrado. Destituido de pudor e em alguns casos de razão.
Já matei a lógica.
Pau no cú do Aristóteles. Seu silogismo é uma piada sem graça que foi levada a sério demais. Mas muitos gostam dela. Foda-se então. Todos tem o direito ao ópio. E cada um tem o que merece. Mas essa premissa segue princípios lógicos. Então desconsiderem tudo.
Tudo o que eu já escrevi. Tudo o que vou escrever.
Desconsiderem tudo. Tudo mesmo. Fiquem com o que é absurdo.
(interlúdio sem graça: fiquem com Wittgenstein, principalmente quando ele desconsidera todos a fazer filosofia. Esse ramo não leva ninguém a lugar nenhum. Voltando ao texto...)
E se repararem bem, verão que o absurdo é o que move o mundo. (repito: não sigo lógica alguma!!!)
Vejam bem: Lula é presidente, mensaleiros reeleitos, Chinaglia e Rebelo são os mais fortes a serem eleitos, Evo Morales pede menos egóismo.
Lá no fundo da classe o Moleque, filho da Maria, grita: Abre-te Sésamo! E... BUM!
Abre-se um buraco no meio de São Paulo! Viva os medievais! Viva a linguagem de Cabala! E por fim, por falta de pesquisa de minha parte é óbvio, (a desgraça nunca tem fim!) Hugo Chavés meteu um chute no cú de todo mundo, e se consolida como líder da América Latina.
Aliás, Latina porque? Porque latimos ora!
Feito cães sarnentos a procura de comida no lixo. Latimos como desgraçados sem ideologia, sem amparo. Como cães de rua sem dono, que abanam o rabo pro primeiro homem que encontram. Se o fulano tiver um osso na mão então... pode comer até nosso rabo! Pode comer o meu! Sou Latino, tenho que deixar. (Tenho que ser lógico.)
Ou não, diria o Outro, mas este está tão longe que tenho medo de visitá-lo. Deixe-o lá.
Fiquemos por aqui mesmo, no meio da carniça.
Da podridão.
Dos Uspianos que esnobam. Dos professores que não respeitam. Dos políticos que matam. Dos Milicianos que fazem a segurança no Rio.
Eu aqui, sentado no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes, esperando a morte chegar. Mas a senha que eu retirei chega antes dela...
E quando vou lá a situação é sempre a mesma:
RAFFA X UNIVERSIDADE.
Advinha quem ganha?
A canalhice é claro. Uma terceira competidora que não estava na disputa. Existem leis. Elas devem ser respeitadas.
Você paga você estuda.Você não paga, você não estuda.
Olha a lógica chafurdando na própria canalhice de novo.
E tudo que eu preciso é um diploma... sem ele eu não sou nada, é claro. Valho tanto quanto um rolo de papel. Aliás, por falar em rolos de papel eu fico com o higiênico. Sem ele como eu faço pra limpar meu rabo? Jornal não dá... é caro demais, e vem poucas folhas.
Então, meus caros, que no fim são até que baratos demais seguindo a grudenta da lógica...
Esqueçam tudo. E se lembrem do que restar.

terça-feira, janeiro 16, 2007

Mais um café gelado por favor.

Este post não será como os outros. Não...
Este post é diferente. Eu o faço por um motivo.
Apareceu nesse bar um certo Lipe. Nesse bar com café amargo, com gosto de beira de estrada. Esse bar que ele me ajudou a construir em várias andanças por Santo André.
Nessas andanças comiamos Glico e bebiamos refrigerante vagabundo sentados nas calçadas como mendigos do Bronx. E andávamos por horas e horas a fio, procurando emprego, enganando pesquisadoras com japonês fajuto, e conversando sobre a vida.
E com o Lipe eu aprendi muito. Cresci muito. Amadureci muito.
E fiz isso a moda antiga. Com chute no peito e soco na cara.
Intenso.
Forte. Indigesto. Como tem de ser.
Suando, gritando e sangrando. Causando medo embaixo do palco.
Fazendo o show valer a pena. Cada minuto.
Ele estava lá quando a intensidade deu sinais de cansaço. Ele me deu o murro que eu precisava. Ele me serviu o café mais amargo, o café que eu tanto queria e precisava.
O café que me ajudou a levantar. O café que cortou a garganta e as veias.
Esse post é pra você Lipe. O cara que mais se parece comigo.
Meu amigo. Meu irmão.
E antes que eu me esqueça, eu troquei Rousseau por Nietzsche com (de novo) Wittgenstein. Com pitadas de Heidegger.
Um soco no peito pra você. Ou pode ser um abraço mesmo. Ambos terão a mesma intenção.
Valeu velhinho. Saiba que você é inestimável para este velho lobo do mar.
E um antes que eu me esqueça II:
Eu quase fui expulso do Morison Rock Bar. Motivo: Durante o show cover do Pearl Jam, alegaram que eu estava causando medo nas pessoas a minha volta. O Segurança ameaçou me expulsar após sete tentativas frustradas de fazer com que eu me acalmasse...

sexta-feira, janeiro 12, 2007

R$ 21,70

Eu queria ficar um tempo sem escrever.
Juro que queria. Eu estava apreciando as cores porcas que eu mesmo criei. Um pouco de Raffa pra mim.
Mas eu tenho péssimo hábitos. Quem me conhece sabe disso...
Bebo antisocialmente. Café, cerveja, vinho...
Não fumo, nem me drogo. Ponto pra mim.
Mas em contrapartida eu leio. De tudo, exceto bulas de remédio. Quase todo mundo que fala isso não lê porra nenhuma. E eu não leio mesmo. Não gosto. Prefiro Nietzsche, Wittgenstein, Gödel, Kant... esse pessoal.
Quando eu percebi já tinha atravessado a linha e nada, nunca mais foi como era.
Então eu comecei a resmungar, reclamar com tudo. E com quase todos.
Mas como eu disse eu não queria escrever, mas então fico sabendo que o Aldo Rebelo quer se reeleger. Fico sabendo que ele colocou uma merda de uma estátua do Corneteiro do Pirajá em cima de sua mesa, sinalizando que ele não irá recuar.
O Chinaglia, será seu opositor. E ele insiste em ser chamado de "Quinalha" que é como seu nome deve ser pronunciado na Italia. O trocadilho nem precisa ser feito.
O conselho dos 30 (conselho a-partidario), liderado indiretamente pelo Fernando Gabeira, não se decide quanto a um nome para fazer frente aos dois mercenários que foram a favor do aumento de quase 91% nos próprios salários.
O Hugo Chavés está estatizando seu país. Inclusive as refinarias de petróleo. A Petrobrás esta investindo R$10 bilhões por lá.
Já vimos esse filme antes? Claro que já. Mas o psicopata era um índio boliviano, na parte um.
E como se tudo isso não me deixasse emputecido o suficiente, eu perdi meu RG. Fui retirar a segunda via. Preciso dela, ou então não consigo lecionar esse ano. Descubro que a segunda via custa agora, R$21,70.
Um abuso! Um absurdo!
O Estado me obriga a ter uma porra de um documento, e me cobra por ele caso eu o perca. E cobra caro. R$21,70 é muito dinheiro, pra quem guanha um salário mínimo. Quase 10% do salário do sujeito.
É por essas e outras que eu odeio esse país. Odeio muito mesmo.
Um ódio que as vezes me assusta. Hobbes nunca afetou tanto minha vida...
Quanto as minhas contas, meus impostos, acessem o link e vejam minha opinião sobre o assunto.
http://www.youtube.com/watch?v=7MbENPYPWlw
Mas está tudo bem!
O Big Brother começou essa semana com uma tonelada de idiotice e merda sem limites.
Pobre George Orwell...

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Feliz ano velho.

O natal veio, e passou. O bom velhinho, que rejeita os miseráveis, presenteia os ricos e cospe nos pobres, veio e se foi. Aquele porco capitalista.
Dizem que Jesus (notem o J maiúsculo! como estou de bom humor hoje!) nasceu, e depois morreu. Foi ressuscitado, e foi pro céu. Então o Natal é uma espécie de comemoração pelo nascimento do santo homem.
A Religião com seus mitos, suas histórias, suas piadas... Mas existe agora um ramo na Física, que alega ser ela própria, o quadro divino. Entenda a física, e de brinde você entende Deus. Ou algo assim. Não estou a fim de ser correto. Ninguém em sã consciência esperaria algo nobre de mim.
Agora ciência e religião estão se entendendo melhor. Espero que não por muito tempo...
Confesso, não a contragosto, que fiquei mais natalino, e menos ranzinza e rabugento, nesse ano que passou. Como sempre, existem culpados para isso, não é verdade Jenny?
Depois desse preâmbulo tão alegre, começo o post de verdade.
Eu poderia te-lo feito ano passado, mas então ele perderia o propósito de ser.
Vejamos o porque...
Em 2006, o Lula se reelegeu, a oposição se mostrou uma merda. Os nossos parlamentares quase cagaram na nossa boca, mostrando que não ligam a mínima pra essa porra de país. No mesmo evento ficou comprovado pela falta de mobilização e envolvimento, que a UNE e os sindicatos estão atrelados ao Estado. (aqui, peço que se lembrem de Hobbes).
Ainda em 2006, nosso presidente reeleito, ficou conhecido como o presidente que mais sofreu escândalos, feito nunca antes igualado na "história desse país". Não foram punidos nenhum envolvido nos casos de corrupção que aconteceram. Mensalão, correios, sanguessuga, Dôssiegate... Ainda tivemos que ver a Ângela Guadagnin dançando no plenário quando seu amigo que confessou ter recebido dinheiro para vender seu voto, foi absolvido. Certa ela. Se fosse meu amigo eu dançaria também. Dançaria algo bem tosco, assim como a situação. Tipo Sidney Magal, ou mesmo Tiririca.
Como não é, eu xingo. Vadia filha de uma puta desgraçada.
Vimos o Evo Morales expulsar a Petrobrás de seu país. Os bolivianos devem ter rido pra caralho. Eu também riria se fosse boliviano, assim como dançaria. Tivemos o PCC destruindo a maior cidade da América Latina, e o Lembro dizendo que estava tudo bem. Eu vi.
eu estava entre dois ônibus em chamas. Eu vi como estava todo mundo calmo e sereno. A paz reinava naqueles dias. Oxalá teremos outros dias iguais. Dias de tranquilidade e prosperidade.
Vimos o Palloci se eleger depois de ter violado a conta bancaria do caseiro Francenildo. Se o Collor pode porque o Palloci não? Aliás, o Lula apoiou o amigo Collor, dizendo que um homem com a honestidade e experiência dele, fariam com certeza um bom mandanto. Claro...
Um gênio aceita outro incondicionalmente.
O mesmo ocorre entre os psicopatas.
Tivemos o Hugo se estabelecendo como líder da América Latina elevando a merda do populismo as alturas, o Lula saudando o povo da Bolívia estando na Venezuela, Clodovil e Frank Aguiar se elegendo... enfim um ano de ouro.
E por que o post não podia ser feito em 2006? Porque o que eu quero é não deixar esses fatos todos obscuros. Caso contrário, 2006 será sempre e somente o ano em que o Brasil perdeu a porra da copa. (com c minúsculo mesmo...)