sexta-feira, dezembro 04, 2009

lá e de volta outra vez

uns bons tempos passaram desde minhas últimas notícias.
a maioria ja deve saber, estou morando no rio grande do sul. sampa é passado, história.
história das mais bizarras tvz.
como sempre muitas coisas aconteceram. revi minha própria vida, e experimentei a saudade em doses cavalares.
chorei muito a noite, para q ninguém pudesse ouvir. sou orgulhoso.
saudade de meus pais, da minha filha, da minha irmã. dos meus amigos tão preciosos.
das noites malditas na metodista.
mas com o tempo as coisas foram se ajeitando, e uma nova história começou a ser escrita.
o velho buk nos diz para escrever sobre aquilo q vivemos. estou fazendo isso. sempre fiz.
reli coisas, re-senti outras. encontrei aquilo que havia me levado a filosofia, anos atrás.
recuperei parte da minha inocência. por opção.
para citar gaardner, estou saindo novamente da pelagem do coelho.
sim, o mundo é algo fantástico. viver é birutice.
e dia onze, eu me caso.
com a guria que vim buscar aqui. e então a história de mim mesmo falará tbm desta minha parte.
uma parte chamada gisele dorscheid (oliveira).

segunda-feira, agosto 03, 2009

- ...

parei.
sim sim. parei.
dei um tempo com política. não aguento mais a bilís fervendo a toa. deixa isso pra lá.
e deixa pra lá tbm manhãs indispostas.
esqueça as porcarias q te disseram sobre a vida.
esqueça um monte de coisa.
construa outras, q te tragam um sentido melhor.
rasgue livros.
mas guarde um do fante.
e mande a gramática a pqp.
e por fim...
viva.

terça-feira, julho 14, 2009

entre os 13 e os 23

eu e minha imagem
refletida no espelho
ainda estamos tentando entender
e até mesmo suportar
o peso daqueles meus anos perdidos
entre os 16 e os 23

olhei de relance e percebi
abraços vazios,
sorrisos tão frios,
promessas feitas as pressas,
e toda inocência escondida tão discreta
no vão de meus olhos...

foram tempos difíceis,
onde sonhos foram sacrificados
nenhum ideal conseguiu ser alcançado
e eu me coloquei à margem
entregue ao passado.

vida e morte se igualaram
com o mesmo valor.
e permiti acontecer o mesmo
com meus sentimentos, o ódio e também o amor
juntos, contrapesos da mesma balança
sufocando o que me restava como esperança...
então...

olhei de relance e percebi
abraços vazios,
sorrisos tão frios,
promessas feitas as pressas,
e toda inocência escondida tão discreta
no vão de meus olhos...

foram tempos difíceis,
onde sonhos foram sacrificados
nenhum ideal conseguiu ser alcançado
e eu me coloquei à margem
entregue ao passado.

segunda-feira, junho 29, 2009

raffa, o sulista

cheguei.
vim eu, os livros, roupas e coragem. nada mais.
estou no sul, eu e Deus, e mais duas pessoas fabulosas.
luíz carlos. um dos fulanos mais sinceros e verdadeiros que já vi na vida. nem sei como agradece-lo...
e gisele.
gisele dorscheid.
afinal porque um homem atravessaria três estados, mais de mil kms, sozinho, sem eira nem beira, com a cara e com a coragem, senão por alguém?
sim. as coisas estão de fato melhorando...

sábado, junho 06, 2009

apertem os cintos, o piloto sumiu!

é. sumiu. um avião em pleno vôo sumiu.
é como dizem por aí. essas coisas são feitas por mãos humanas e os seres humanos tem o péssimo costume de errar. (sim, isso é uma citação a alguém.)
mas tudo, bem. não da nada não. é só mais umas dezenas de mortos. estamos imunes a isso. enquanto tudo não se esclarece, lula cancela ida a missa. e o coringão tenta reação no campeonato brasileiro. e os lakers comemoram! segundo kobe bryant, eles encontraram a maneira de jogar. viva! já a fashion rio começa com atraso. ai sim, que problemão.
enquanto isso, meu xará, rafael de santa catarina, condenado pela justiça do paraná por assalto e procurado pela polícia de santa catarina ensina uma criança de dois anos a assaltar, usando uma boneca no papel do assaltado e uma arma de brinquedo para dar mais realismo a cena.
cadê meu dinheiro? a garotinha pergunta com perfeição. em seguida ela da uma coronhada na boneca, assim como foi ensinada. no final a criança aprende a exclamar, "eu amo o dinheiro".
ainda bem que brasil e uruguai tem um jogo decisivo neste sábado mesmo às quatro.
nossa dose semanal de morfina e prozac.

quinta-feira, junho 04, 2009

got some

http://www.youtube.com/watch?v=F0fEbT_e4iE

sou um cara nostalgico por opção. e diante de um momento em que muita coisa pode mudar, escolho um som para marcar tudo o que está acontecendo. cada novo ato que se desdobra.
"got some"
yeah!
afinal só há fatos, e nossa construção moral dos fatos.
daqui em diante, será assim.
afinal, imaginem só, se jack kerouac não tivesse viajado toda rota 66?
não teríamos a beat generation.
então, está na hora desse beat aqui se preparar para sua viagem.
o tempo não pode esperar.

sexta-feira, maio 29, 2009

porque gosto de girassóis e cartas e as vezes sou feito somente de palavras


porque eu gosto de flores.
sim, o brucutu, o animal aqui gosta de flores sim. sempre gostei. e quem me conhece há mais tempo, e o suficiente vai se lembrar de eu falando em querer ser jardineiro em algum momento da minha vida (provavelmente na velhice). isso antes de ler Wittgenstein, é bom que se diga.
e gosto de mais coisas ainda.
gosto de receber cartas. gosto mesmo. quem hoje em dia manda cartas para alguém?
gosto também quando meus escritos, minhas palavras não morrem no vento. porque muitas vezes as palavras são aquilo que eu sou. eu sei que pode soar piegas, mas elas representam minha alma.
e quando alguém pega minha alma e dá a ela um corpo... aí é foda. aí cara... é muito foda.
um corpo com nome: "entre versos, sonhos e amor".
um corpo editado, cuidado com carinho, feito a mão.
e o que sai de mim, volta. e sentimentos, e palavras e tudo que me é valioso se torna uma estrada de mão dupla...

terça-feira, maio 26, 2009

clichê

caralho.
pronto. falei.
não aguento mais a rotina. não a minha. a que vejo. todos os dias ouço falar sobre as mesmas coisas em jornais, revistas, sites, blogs, blá, blá. blá.
há excessões? sim. há.
ainda existem pessoas que escrevem bem pra cacete e mesmo assuntos velhos se tornam novos.
mas tão raras... tão raras. e afinal de contas, não é esse meu caso. na minha mão o velho se decompõe. de tão mais velho que fica.
é sempre desgraça. pai que mata filha, tiroteio na favela, roubo em bairro de classe média. são paulo que perde. ou então infantilidade. ronaldo que fala, um ator que se separa, lula que nos maltrata. saca? será que só eu fico de saco cheio? quero escrever, quero tirar a raiva do peito, mas ai eu paro e penso.
"é... sou só mais um idiota que se acha intelectualizado".
outros farão isso por mim. quero falar, mas quero que coisas novas sejam ditas. o problema é que não consigo falar sobre coisas novas, enquanto as velhas continuam me espezinhando.
enfim... desabafo de um rabugento.
e sim, troquei o conhaque pelo café.

domingo, maio 24, 2009

go go go!!!

jardim da lua:
http://www.fotolog.com.br/dgiseled

"O que move esse mundo tão podre?
é a preguiça das pessoas que me faz sentir pena de vê-las respirarem
a cidade hoje dorme e eu continuo a rodar"

"E como elas vão continuar criando seus filhos?
[...]
vão carrega-los pelas suas pequenas mãozinhas
pra quando crescerem humilharem seus funcionários
e vai passar no noticiário, como todas as noites
os assaltos que aconteceram nas últimas horas"

"E as tantas músicas e os protestos, e as caras pintadas pra guerra?
nada disso passa de barulho"


eis alguém que também escreve com a bílis. da um pulo por lá. é alguém falando sobre questões que deveriam ser discutidas mais vezes.
com frequência.
ao invés de lermos apenas shakespeare, que leiamos o que o moleque não escreve por estar com uma foice nas mãos. e vista, se a carapulsa servir.
no final fica o meu desejo de que quero "matar o ser humano para que eles vejam o quanto se corroeram"

sexta-feira, maio 15, 2009

z & r

não sou conhecido por fazer as coisas da maneira mais fácil. ou da mais difícil.
sou conhecido por fazer as coisas a minha maneira. e nem sempre ela é aquela que outros esperam.
e é assim que eu me sinto vivo. sinto que a vida está nas minhas mãos e não o inverso.
é assim que zaratustra dança. é assim que o raffa sorri.

com outros ares mais frios talvez.

quarta-feira, maio 13, 2009

perfume

e tem dias que o tédio se vai, claro porque não?
há momentos em que até mesmo o tédio desaparece. são momentos raros, e talvez seja de certa forma bom que seja assim. o limão é mais amargo depois de encher a boca com mel, e o inverso da proposição é tão verdadeira quanto.
dia doze de maio foi um dia assim. um dia desses. combinado, o dia não teria acontecido como aconteceu.
e lá estava um novo perfume em meu quarto. literalmente.
sei que de repente eu estava com seis páginas de um pequeno ensaio sobre o momento cultural europeu no final do século XIX e começo do século XX, bem como a ruptura do modelo geométrico euclidiano, dando vazão aos modelos de geometria elíptica e hiperbólica e a ruptura de pensamento no campo da matemática com Gödel e na filosofia da linguagem com Wittgenstein. ainda teve dois contos escritos ("um dia daqueles..." e "o vazio das minhas rugas"), e mais vinte páginas do livro que ando escrevendo, "350 passos. todos na direção errada". (obrigado pela dica do nome gabriel)
nunca comentei sobre isso, mas 350 passos é o final de uma trilogia (porque trilogias estão na moda) que começa com "como encher com terra o buraco onde sepultamos nossos sonhos" e que segue com "R$ 12,90" mostrando a infância, adolescência e juventude de Luca Bonnano, um Henry Chinasky de terceira categoria.
terminei o dia com mais seis ou sete poemas.
porque sim, eu gosto de flores. agora, principalmente, girassóis.

sábado, maio 09, 2009

insônia e um raffa diferente...

insônia.
cá estou eu mais uma vez. pensando e pensando. é só isso que eu faço. fiquei os últimos anos da minha vida aprendendo a fazer isso. aliás, é somente para isso que cursar filosofia me ajudou até agora. para pensar. ter insônia. ficar horas e horas com a mesma coisa dentro da cabeça.
e ai roda pela minha cabeça tudo e nada. aquilo que eu queria, e também aquilo de que eu deveria esquecer.
coisas que se foram. coisas que virão.
enfim... só mais um dia, como eu vivo dizendo...
e as pessoas certas nos lugares certos, e as pessoas erradas nos lugares errados...
raro, mas deixo um beijo para algumas pessoas somente. quem o receber saberá.

sexta-feira, maio 08, 2009

tédio

lá está o lula dizendo que ta de boa viajar de avião com a marisa usando meu dinheiro. e tem um outro canalha dizendo que o desgraçado que construiu o castelo é alvo de injustiça. e a marta se preparando para se candidatar. e collor subindo que nem um foguete na política. aliás, collor, amigo de lula. que é o cara. o barack obama disse.
em são paulo expansão do metrô. a coisa pífia tida como uma revolução. china crescendo a dez por cento o ano. e chineses ganhando dez centavos o dia colhendo arroz. e eu dizendo a mim mesmo que não preciso de outra pela para não explodir. ah... a bílis ta fervendo. os dois socos que tomei no nariz não foram nada. nem quebrou, ve se pode. preciso de mais. preciso de facas quentes entrando fundo no cérebro. preciso de algo que me faça despertar. algo que me leve para outro lugar. além das merdas que se vê na tv. além dos pombos voando atrás de migalhas. além das nuvens de chuva e dos ratos que procriam.
porque o mundo continua na mesma, e só uma meia dúzia de doido saca isso. ai sobre a indigestão da noite, pode apostar.

quarta-feira, maio 06, 2009

bocecjo

é...
tudo estranho demais para mim. tudo complicado demais para mim.
sei lá como descrever, mas acho que todo mundo já sentiu esse rosnado dentro do peito.
creio que qualquer um sabe do que eu estou falando... essa vontade doida de mudar. de repente até mesmo o horizonte se torna uma prisão. vou ficando mais fino, como se a vida passasse por mim e me esticasse. como se as pessoas certas estivessem nos lugares errados... tão longe, tão longe... alguns estados de distância. e o que eu faço com tudo aquilo pelo qual me esforcei? cadê aquele papo piegas de que você colhe o que você planta?
sem ego, sem vaidade... mas porra. acho que fiz por merecer. tcc com qualidade de um formando de mestrado uspiano. monitor na faculdade. palestrante. pesquisas concluidas. aplaudido por doutores. chamado para pesquisar para o maior curso de pós-graduação que esse país já viu, pela unifesp. curso que, creio, foi engavetado... e eu me fodi mais uma vez...
uma vida sem muito rumo, sem muito sentido. caralho... é como se fosse uma estrada de mão única sempre, e eu não devo ter visto a placa que dizia "'última saída para seus sonhos, próxima à esquerda".
ao invés disso, me resta a miséria da existência. um simples bocejo da natureza diante do cosmo...

segunda-feira, maio 04, 2009

ando ruminando. sobre o que?
sobre nascer, crescer, estudar, trabalhar, comprar casa, carro, viajar. ficar famoso, ser reconhecido, ter o ego inflado. e fazer tudo aquilo que é já foi feito. ai repete-se tudo de novo. e por fim morrer.
não há nada além? vivemos da mesma maneira a séculos. será sempre assim? um homem grego há dois mil anos atrás, em uma fila grega para comprar seu pão grego, devia pensar mais ou menos o mesmo que nós. ter família. viver. comer. ter como se locomover. coisas assim.
pra que?
vai saber...
eu sei que ainda tenho um pouco de sonhos guardados comigo, cores melhores para ver. e enquanto eu vou caminhando o sol está nas minhas costas de um jeito belo demais para ser desse mundo. uma sensação reconfortante. a minha frente um cachorro sarnento se cansa de brigar com suas pulgas e vai se transformando em uma bola de pus.

quarta-feira, abril 29, 2009

Canção do Sul

A um passo do abismo, eu sinto
Sonhos e desejos,
O gosto de todos os medos
Indo embora sem se despedir...

Minha liberdade chora
Sabendo que retornar para o peito
Guiada por olhos que sabem onde querem ficar
É tudo o que um dia poderíamos esperar...

Algo tão raro... algo tão raro...
Perfeito por saber que chegou o momento de sorrir...
Perdido em mim, em retratos e decepções,
Um sonho onde pude te encontrar
E te ouvir dizer... amparada pelo mesmo momento
As mais belas palavras, unidas pelo mais nobre sentimento

Todo um mundo se abre... uma nova vida desperta em mim.
Desfeito no ar mentiras e desilusões,
O tempo discorre sobre um fio de prata e se estende
Pelo toque inefável de duas almas
Corrompidas pelo mesmo sabor, porém
Abençoadas pelo mesmo Senhor

Diga adeus aos segredos mais sombrios
Guardados por incontáveis vidas e relembradas
tendo as paredes de um quarto como confidente
Hoje sabemos nosso lugar
Hoje conhecemos nosso novo lar...

Venha... vamos finalmente saber qual a sensação de voar
Sem se importar com tolices ou com frases já feitas
Sobre o que é real.
É tempo de saber qual o gosto de uma bela canção.
É tempo de viver o máximo do amor
Que pode vir de um coração...

terça-feira, abril 21, 2009

diversos

a vida é isso ai meu caro. política pra tudo quanto é lado, e se puder encontrar um pouco de poesia no meio dessa merda toda sinta-se agraciado.
sim sim, eu sei que o discurso é clichê, mas sempre vale a pena. todo mundo repete beatles até hoje dizendo que só precisamos de amor.
enfim... feriado em casa, depois de mais um fim de semana pra lá de marginal.
por enquanto tudo igual, mas com um pouco mais de cor.
algumas cores inclusive eu não tinha aprendido a enxergar.
mas pra não deixar ninguém que busca rabugice aqui na mão, sim.
eu estou tremendo só de pensar nos presidenciáveis de 2010...

quarta-feira, abril 15, 2009

óbvio.

segunda feira. o meu gerente reúne a equipe e fala sobre metas. todo gerente fala.
temos de fazer isso e aquilo para a empresa crescer, ele diz. toda empresa tem que crescer. temos de ter ambição, ele continua. fala mais sobre ele ter metas maiores que as da empresa. ele sim é um cidadão respeitável. tem plano de saúde, casa, carro, faz viagens e deve ter os armários da cozinha esbarrufados de comida. e quando ele se enjoar disso, ele comprará outra casa, outro carro, viajará para outros lugares e colocará mais comida em sua nova casa.
a reunião termina e eu vou para o bar. três e meia da tarde. bebo cinco doses de conhaque, três doses de pinga pura e cinco cervejas. sozinho. quer dizer, eu bebo lendo bukowski. e ouvindo matanza e motörhead. bebo e bebo e bebo. saio sem pagar e nem me dou conta. depois eu acerto com o jé. ou não.
no caminho para casa eu tenho que forçar o vômito. enfio a mão na goela e quando o vômito vem, não tenho reflexos para tirar a mão de lá. acabo vomitando na própria mão. para me limpar, eu me jogo no chão, e esfrego a mão na grama. uns moleques passam na rua e ficam rindo de mim. da minha falta de dignidade. se eu estivesse sóbrio mostraria a eles.
no dia seguinte eu falto no trabalho. ressaca. das bravas. com tremedeira e tudo o mais. quarta feira minha supervisora pede desculpas mas diz que ou eu bato a porra da meta ou eu tô fora. diz que eu tenho que lutar até o fim pelo meu emprego. deus, só de pensar em lutar eu já me canso. lutar até o fim então... aff!
melhor começar a espalhar meus currículos por ai...

terça-feira, abril 07, 2009

política é como foder cú de gato II

"porque você nunca mais escreveu sobre política no seu blog raffa?" - henrique.
"tuda anda na mesma sempre cara. não dá" - raffa.

barack obama ganhou as eleições. lula banca o dissimulado. pib cai. pib cresce. dólar tem queda. crise imobiliária. volks demite. avon contrata. chrysler fecha as portas. são paulo joga quarta feira. palocci tenta retorno a política. água viva descobre como viver para sempre. cotas para negros provoca discussão em universidade pública. pib sobe. bolsa família é chamado de esmola pela oposição. pmdb tem fome de poder. sarney é um safado. pt pensa em 2010. psdb tem disputa interna. serra não se da bem com aécio que não se da bem com alckmin que não se da bem com serra. fhc critica gestão lula. deputados ganham aumento de salário. salário minimo sofre reajuste medíocre. inflação dispara. inflação recua. medo da deflação. dólar sobre. presidente francês visita o brasil. bato uma punheta para sua mulher. guerra no iraque. guantánamo já era. soldados morrem. crianças pedem esmola em faróis. ongs tentam mudar o cenário do país. seca no nordeste. tempestade no sul. poluição em são paulo. tiroteio em favela do rio. desmatamento ameaça amazônia. crise global. g20 se reúne para tentar solução. falham. tirano da coréia manda foguete no rabo do mundo. venezuela escarra na cara da liberdade. bolívia caga na boca do brasil. argentina toma sacolada. pelé fala merda. maradona responde. lula critica ronaldo. seleção decepciona. final do paulistão. barrichello se dá bem. massa se fode. fulano beija cicrano na novela. fidel a beira da morte. obama elogia lula. bush pai elogia collor. oriente médio em guerra. atentado terrorista em algum país impronunciável. fome. miséria. desespero. o fim do mundo. e longe de tudo isso, uma mulher goza pela primeira vez enquanto trepa com seu cachorro, um estudante do interior experimenta maconha e adora, um gênio da poesia toma uma chupada no banheiro e uma garota cai de porre calçada.
e sim, isso foi um plágio de um conto do bukowski. um plágio descarado, mas é também uma resposta ao meu caro henrique.
dorme com essa.

sábado, abril 04, 2009

Há quinze anos atrás...

Dia cinco de Abril de 1994 Kurt Cobain enfiou um balaço na cabeça e acabou uma era.
Camisões xadrez, calças rasgadas, All Star sujos, cabelos desgrenhados. Tudo acabado...
Hoje somente eu e mais uma meia dúzia de gente ainda curte esse som.
Territorial Pissing, Alive, Blak Hole Sun... músicas que ninguém mais curte...
Agora estou aqui, nostalgico por uma época que eu não vivi. Saudades de uma vida que eu não consumi.
Dessa safra toda somente o Pearl Jam continua na ativa, e seu último album, o abacatão é um trem direto para Seattle, 1991. Uma entrada de cortesia para o Off Ramp.
Nunca mais viveremos nada parecido.
Raiva, ódio, tristeza... mas alegrias e sabores regados com sangue e suor.
E num futuro próximo estarei eu e mais um punhado de gente berrando de novo. Caindo pra cima da galera. Mostrando com algo próximo de música que o mundo não é essa merda toda que a gurizada assiste na Malhação.
Enquanto isso vamos tocando o barco.

terça-feira, março 24, 2009

O que o escravo fez pouco antes de ser alforriado

Sábado.
As coisas já estavam certas. O futuro já estava decretado. Então decidi beber um pouco.
Começamos por volta das quatro. Um pouco de cerveja, conhaque, e uísque. Algumas mulheres começam a falar sobre transar com mais de uma pessoa por vez. Me excito. Contino bebendo, e falando sobre um filme, "O cheiro do Ralo".
Meus amigos, gritam um pouco, o dono do bar aparece e nos manda calar. Ok. Normal.
Como era de se esperar, o bar fecha, mas ainda queremos beber. Vamos para outro.
Mais do mesmo.
- Vamos ali - eu digo para uma das garotas e aponto a rua - Eu quero te mostrar uma coisa.
- O que? - ela responde.
- Vamos que eu te mostro. Você vai gostar.
Ela vai contrariada. O alcool me ajuda a convencê-la. Na calçada eu começo a beijá-la e a me esfregar nela. A coisa esquenta. Não tenho dinheiro para um motel. E ela não vai dar na rua. Foda.
Ela entra de volta para o bar dizendo que eu sou o capeta. Ganhei a noite.
O outro bar fecha. Nos separamos.
Eu e um camarada vamos para outro bar. A minha noite ainda não terminou. Esse camarada do interior não pode vir pra cá sem experimentar um coma alcoolico.
Paramos em um bar perto da minha casa, e começamos a conversar com algumas mulheres que nunca vi na vida. De repente eu estou passando a mão na buceta de uma delas. Uma que usava saia. Vi que ela ficou molhada. Tento convence-la a dar pra mim, mas essa ainda precisava de mais álcool. E minha grana tinha acabado...
No fim da noite, o dia chega, como sempre. Meu amigo recebe sua merecida dose de glicose na veia. E vem a tão sonhada carta de alforria...

domingo, março 22, 2009

Alforria

Os ingleses podem tirar nossas vidas, mas nunca nossa liberdade!!! - William Wallace.
Pois bem. Por um tempo corri, por outro perdi.
Então o tempo passou e agora estou livre novamente.
Livre para ser, fazer, e experimentar cada canto imundo dessa vida sacana.
Esse domingo recebi a carta de alforria, e me sinto como o cachorro preso, que sai de casa e se depara com milhares de cadelas no cio.
Ah... a vida promete ser boa!

quarta-feira, março 18, 2009

Um detalhe

Todos já nos sentimos assim.
O ar falta. Respirar é difícil. A sensação é de que o mundo deixou de rodar para apenas pular de lá para cá, sem se preocupar com quem irá cair no processo.
E foda-se eu.
Um dia talvez a gasolina no tanque do meu carro valha mais do que a paisagem a minha volta. Quem sabe um dia, todas as manhãs nasçam indispostas.
Eu quero continuar... eu quero prosseguir. Quero mais que um verbo. Quer o ato.
Suor, sangue, e uma dose de prozac.
Uma questão para ser formulada, traz consigo uma resposta que se perde sem ao menos nascer.
Eu serei aquilo que posso ser.
No meio de políticagem, interesses, desvarios, injustiça... pedidos que somente se vão, e momentos onde tudo se torna negação...
Sou um detalhe escondido no canto. Dormindo sem sono...
Minha cidade tem luzes que desaprenderam a brilhar, mas eu continuo aqui.
E o vento só me abraça quando estou correndo.
Estou aqui, enfrentando com essa cara que Deus me deu todo o peso que a vida traz.
Um governo corrupto, transporte desumano,
sub-emprego, desespero e frustração
sentimentos bordados em pano
alegrias ou mentiras vividas com paixão...

Sou um detalhe. Somente um detalhe...
Aquilo que eu posso ser.

sábado, fevereiro 21, 2009

19/02/2005

Eu estava deitado no sofá, assistindo televisão. Não me lembro o que. Não era importante. Por volta das dez e meia eu ouço barulho no portão. Minha prima entra gritando porta adentro. Minha mãe desce as escadas, já chorando. Eu fiquei sem saber como reagir.
- A tia morreu... - diz minha prima - A tia morreu.
Deus... e agora...?
Sem ter mais o que fazer, chorei.
Nada parecia ser real. Eu me sentia como éter de um sonho macabro. Mas era verdade. Uma das pessoas que mais amei nesse mundo, que mais me quis bem, tinha ido.
A pessoa mais doce, mais fabulosa que eu já tinha conhecido até então. Um exemplo de bondade, de amor.
Eu aprendi a mentir com metáforas. Descobri o segredo das palavras e o que está por trás delas. Vivi sentimentos e sensações... Mas não consigo até hoje entender porque ela não está aqui.
Eu era pedra, e a luz dela me fez estrela.
A respiração que não vinha, páginas de um passado amassado, de dias que eu queria ter passado sendo mimado em seus braços. E todo carinho transformado em mais que distância... Não parece justo...
E sempre que paro e penso, e sinto e repenso eu vejo... ela parece estar aqui. Cuidando de mim dentro de seu abraço. Vivendo outra vida através de meus passos.
Nessa semana eu passei lá uma vez mais, como faço todos os anos, e conversei com ela. Por fim deixei um retrato meu mostrando o quanto eu mudei.
Fui embora, e ela continuou dormindo mais próxima de Deus...
Obrigado Dona Maria Antônia de Lima..

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Wittgenstein e a Novela - part II

E onde eu quero chegar?
Bom a linguagem não consegue alcançar nada de absoluto. Beleza.
O que seria bom absoluto não pode ser pensado. Só o bom relativo. Relativo a quem avalia. Isso justifica pensar que um tenista pode jogar péssimamente para seu padrão e muito bem para seu próprio padrão. Nada de anormal.
Temos um ato e dois julgamentos sobre o mesmo ato, e se ambos tem valores diferentes é sinal que o objeto em si, não possui valor algum, é antes disso o ser que o valoriza, e isso podemos pensar. Pensar assim, é o que Wittgenstein diz que é o ato de pensar.
Pois bem... diga agora, o que é melhor - ou o que seria "mais bom" -

Sonho de Uma Noite de Verão - William Shakespeare
Irmãos Karamázov - Fiódor Dostoiévisky
Guerra e Paz - Leon Tolstói
Lost - Seriado Cult
Big Brother Brasil 9 - Reality Show apelativo
Novela das Oito - Programa da TV Globo

[tempo para pensar...]
Sim... são todos iguais. Todos valem a mesma coisa. E fim de papo.

sábado, janeiro 24, 2009

Wittgenstein e a novela - part I

Esse post vai ser grande. Quem não curte pode parar por aqui.

Pois bem. Wittgenstein em sua obra Tractatus Lógico Philosophico, nos diz algumas coisas sobre o pensamento. Uma delas é afirmar que o pensamento pensa algo. Não somente isso, mas quando dizemos que pensamos algo, é necessário dizer como se pensa esse algo. Wittgenstein então da um outro passo e nos mostra que o que regula o pensamento é a lógica.
Não podemos pensar ilogicamente, assim como não podemos dar coordenadas de locais que não existam. Ao dizer isso, Wittgenstein traça supostamente o limite do pensamento, daquilo que pode ser pensado. Qual limite? A própria lógica. Não podemos pensar nada que não seja lógico. Um contra senso tem lógica. O ilógico de fato, não pode ser pensado.
Quanto as leis da lógica que regulam nosso pensamento, cabe dizer que essas são as leis formalizadas por Aristóteles, que já aparecem em diálogos platonicos como Teeteto ou Górgias. Até mesmo Hípias Menor talvez. Falo do silogismo.
É o silogismo que regula o pensamento. A realidade é pensada de forma que seja possível compreender. O que torna a realidade possível de ser compreendida é a lógica.
Entretanto como já foi dito, pensamos algo. Esse algo, de acordo com Wittgenstein, mantém relação com outro algo. Não podemos pensar um objeto isolado no mundo. Sempre o pensamos dentro de um campo espacial, e dentro de coordenadas que o tempo nos oferece, para ficar em relações mais simples.
Pensamos algo que esteje dentro do tempo e do espaço. Que mantenha relações com o tempo e com o espaço. Faça um teste e tente pensar algo fora destes campos. Não dá. Portanto o pensamento pensa coisas que se relacionam com outras. Objetos absolutos que não precisem de relações são impossíveis de serem pensados.
Uma das coisas que sofrem com esse conceito, é o conceito de "Bom", "Mal", "Bem", "Mau". Se essas coisas são relativas, forma-se um problema, afinal como se pode condenar uma ação se a pessoa que a cometeu a considera algo bom?
Se esses conceitos são relativos, matar ou roubar são ações que não podem ser repreendidas, afinal quem determina o que seria repreensível ou não seria um ideal a ser alcançado. Se o ideal não é, a pessoa que não o fez é condenada com sansões físicas ou psicológicas.
Do outro lado, se esses conceitos são absolutos, não precisam de um referencial. Sendo assim não podem ser pensados.
E ai fode.
No próximo post eu mostro onde quero chegar...

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Shakespeare para gurizada!

Nasce o filho de um rei sábio e amado. Seu filho, uma imatura e irresponsável.
O irmão do rei é então corroído pelo ciúme e pela inveja. O reino agora, pertencerá ao pirralho. Ainda enciumado, o tio do futuro rei planeja o assassínio de seu irmão e de seu sobrinho, juntamente com seus três comparsas.
Durante a execução do plano, o rei perece, e graças a misteriosa força do destino o principe escapa de seu destino e foge, acreditando que a consequência de seus atos culminaram na morte de seu pai. O traídor atinge seu intento, e transforma o reino em ruínas.
No exílio o garoto faz novas amizades, e cresce um jovem em débito com o passado. Então, uma antiga paixão sua aparece e o faz relembrar de suas responsabilidades. Corroborando com a jovem, o antigo conselheiro do rei falecido aparece para lhe dizer que os ensinamentos de um rei ainda vive dentro do príncipe. O espírito de seu pai aparece nos céus e lhe encoraja.
O príncipe retorna, juntamente com seus novos amigos e sua antiga paixão para seu reíno destruído, enfrenta seu tio traidor, descobre a verdade sobre a morte de seu pai e se sagra rei por fim.
Resumo de uma tragi-comédia shakespereana? Não.
Isto é Rei Leão, ou Shakespeare para a garotada.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

O homem e a bota.

Junto com o ano que se inicia aqui no Brasil, vem o verão. Junto com o verão, vem a programação de verão na televisão. Seriados, programas especiais, filmes... a coisa toda. E há anos, tenho mais um motivo para resmungar sozinho quando chega Janeiro. Sim, não é surpresa para ninguém, outro Big Brother se inicia. Outra leva de porcos no cio foi reunida de livre e espôntanea vontade para ser humilhada e ridicularizada.
Que George Orwell está comendo as próprias tripas, eu já disse ano passado ou retrasado. Mas não tenho como não escrever sobre isso. O assunto nunca se esgota na minha mente. Fica girando e gritando. Amarga a garganta como um vômito que para ali. E quando eu me lembro que não tenho possibilidade de explodir aquela maldita casa com cinco quilos de pura dinamite, fico triste. Quando eu me lembro que explodir aquela maldita casa não via diminuir a desgraça diária que consome o mundo a tristeza vira melancolia. Eu simplesmente não tenho saco para eliminar tudo que é podre no reino da Dinamarca. Hoje em dia, desde sempre, "o próprio sonho não passa de uma sobra", como diria o princípe do mesmo reino.
Quanto ao que virá, "se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre." (George Orwell).

sábado, janeiro 10, 2009

Meu candidato fora de temporada!

Não sou de fazer apologia a ninguém. Na verdade me saio melhor atacando sem o menor escúpulos a tudo e a todos. Geralmente o lado que eu demonstro apoio é o derrotado por razões óbvias.
Mas mesmo nesse cenário vagabundo e mequetrefe que é a política brasileira, destaco um fulano que merece meu voto.
O cara é conhecido por sua atuação no Partido Verde (do qual é membro-fundador). Defende a profissionalização da prostiução e a descriminalização da maconha.
Como esquerdista histórico, já mandou tanto o PT quanto o PVas favas. Não tem receio de abandonar suas diretrizes políticas. E como se não bastasse participou não só da luta armada contra o Regime Militar, como juntamente com o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), foi um dos sequestradores do embaixador norte-americano Charles Elbrick às vésperas do 7 de setembro de 1969. A idéia do sequestro era pedir a liberdade de alguns presos políticos, o que deu resultados. A única mancha que consto em seu currículo foi ele não ter metido um balaço na testa do tal do Charles. Ninguém é perfeito...
O cara é Fernando Gabeira. E se esse país soubesse o que é bom, o colocaria no lugar do nove dedos.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Porque eu acredito na educação deste país.

Tenho uma cachorra, a Grampola. Mestiça pastor alemão com dalmata. Ela é toda preta com uma mancha branca no peito. É uma fanfarrona. E faz muita bagunça. Muita mesmo. Por isso tenho de lavar o quintal todos os dias, caso contrário o ar fica intragável.
Então eu lavo o quintal. Todo ele. A Grampola pulando em mim com as patas molhadas e nós dois ficamos cheirando a cachorro molhado.
Ao fim da limpeza do quintal, abro a caixa de correspondência. É um costume meu. Uma carta endereçada a mim da editora Saraiva. "Ilmo Professor Rafael". Começou mal... não sou professor faz tempo. Abro a carta. É a propaganda de um livro escrito para os estudantes do ensino médio sobre filosofia. Legal. Filosofia para o ensino médio é sempre uma questão interessante.
O livro fala dos "grandes temas da filosofia (ciência, moral, politica e estética)" e "uma reflexão sobre as principais contribuições dos grandes filósofos". Conta ainda com um manual para o professor com respostas as atividades propostas e sugestões para avaliações, uma vez que um professor jamais teria capacidade para responder estas questões ou bolar uma avaliação interessante.
O livro foi desenvolvido especialmente para a rede pública e foi escrito por Gilberto Cotrim que "é, como PROFESSOR DE HISTÓRIA, um filósofo das questões educacionais".
Tem como não ser rabugento?

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Porque eu to cagando e andando para Santa Catarina

Acabou mais um ano. Estamos todos mais velhos, mais próximos de morrer, mais distantes do nascimento.
Passou as festas de Natal e ano novo, como muitos fogos de artifício, peru e tudo aquilo que já conhecemos bem. Agora é hora de outra festa.
Aliás o Brasil é um país em festa contínua. Marcamos a vida por festas. Vivemos nos intervalos.
Primeiro o carnaval, que aliás já é manchete em alguns sites e jornais. Logo após a Páscoa, que também virou um carnaval. Nesse meio tempo, se inicia os torneios de futebol regionais. Creio que trinta, quarenta mil pessoas pulando, gritando e sorrindo é festa demais pro meu rabo.
Após a Páscoa, vem as férias de meio de ano, que nos preparam para encarar mais um Natal e ano novo. Parece pouco porque na verdade é. Para sanar isso, temos centenas de micaretas fazendo carnaval fora de época espalhados pelo país.
Ai o mesmo filho da puta que torra milhões organizando o carnaval e a virada de ano na Paulista, vem me pedir dinheiro para ajudar os desabrigados do Rio Grande do Sul e as crianças do Criança Esperança, e eu tenho que ficar quieto. O mesmo bastardo que torra mais outros milhões com um estádio ou pagando salários exorbitantes para que homens se comportem como animais dentro de um campo de futebol faz o mesmo.
Por isso digo e repito: não ajudo. Não ajudo ninguém que eu não conheça, que eu ao menos não conheça a cor dos olhos. Pelo menos não banco o hipócrita que diz a Deus e ao mundo que ama e acolhe a tudo e a todos e torra dinheiro com supérfluo.
Mas ai o brasileiro esquece e ri. Típico...

sábado, janeiro 03, 2009

Dom Casmurro é o caralho. Meu nome é Andolini porra!

Eu vou na contramão. Sempre. Se não fosse assim, não seria assim.
Assisti um ou dois capítulos de Capitu, que passou na Globo. [sim, eu assisto a Globo]
Tudo muito moderno, tudo muito bonito. Uma bela estética. A única coisa que não me sai da cabeça... porque tanta piração pela garota.
Coisa de corno saca? "Oh Capitu... você me traiu? Oh... não sei, não sei..."
Como se o mundo se resumisse a isso. Como se fosse fundamental de fato.
Sei lá. É um bom livro sobre merda alguma.
Proponho a queima de Dom Casmurro. Queima geral. Tudo pro saco.
Vamos todos ler Misto Quente. Vamos ler algo que fede e peida.
Algo real como um bom soco no baço.
Ao invés de um soneto que não sai, ficamos com um escritor que somente briga e bebe.