segunda-feira, agosto 27, 2007

Caros Amigos

Não. O post não é para nenhum amigo meu.
É sobre a revista esquerdista. Sobre a Veja do PT. Com a diferença que a dos amigos, declara claramente ser esquerdista. Na entrevista com Lázaro Ramos, um dos entrevistadores diz claramente "nós que somos de esquerda e blá-blá-blá e patati-patatá."
Óbviamente, que uma revista com esse cunho político faz sucesso entre os nerds e intelectualóides uspianos, entre afins e genéricos. Engraçado notar, que uma revista, ou um sujeito, "um cidadão respeitável que ganha quatro mil cruzeiros por mês" se dizer de esquerda é considerado ótimo. Você é visto com bons olhos pelos supracitados.
Se declare de direita, e veja o que acontece, se sobreviver à achincalhação. Ler Caros Amigos, Carta Capital te faz cult. Ler Veja e Época te faz um insensível ganancioso; um capitalista de merda, fruto da classe média dominante. Te faz um midiático safado. Um membro da máfia não declarada chamada "Azelite branca."
O que ainda não foi percebido, é que direita e esquerda são a mesma face da mesma moeda [como certa vez o LuízZ citou aqui mesmo nesse blog]. O principal aliado do PT é o PSDB. Seu telhado de vidro é todo escudo que o PT precisa.
Tanto direita quanto esquerda tem seus próprios jargões, seus discursos clichês. A mídia direitista usa um discurso curto, seco e carregado de ironia chata e sem sal feito os caras do Casseta & Planeta. Podem consultar qualquer artigo do Diogo Mainardi, seu expoente máximo talvez.
Já o discurso de esquerda é todo rebuscado, carregado de citações ao cretino do Marx, buscando passar seriedade. Palavras como mídia golpista, jornalhões e apologia a um monte de gente que quase ninguém conhece são sempre a ordem do dia. [afinal que tipo de indie/cult é você, se você não conhece ninguém do underground político?!?!?]. Como exemplo cito Mino Carta.
E para finalizar, digo que toda política é moralista. Apenas invertem a ordem dos valores. E enquanto houver moral, nada de bom virá desse ninho.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Bisbilhotice

Lula está nervoso.
Nervoso com as vaias, com o descontentamento que seu governo traz. Os riscos da democracia...
[Maquiavel é sempre útil!]
Dessa vez ele se queixa da imprensa. [azelite]
Diz que a imprensa divulga o que não deve. Quando Marco Aurélio Garcia fez seus gestos canalhescos no Palácio do Planalto após dois dias da tragédia do vôo da Tam a imprensa divulgou o fato.
Óbvio.
Um psicopata sem o mínimo de consciência como ele tem de ser revelado. Não é o que pensa Lula. A isso ele chama de "bisbilhotice da impensa". É invasão de privacidade. A imprensa passou uma imagem errada do ministro.
Ora... o que seria então o gesto? Qual a outra definição para o ato?
Infelicidade... Assim Lula afirma. Marco havia sido pego em um momento infeliz. Assim com Marta, Palocci, Angela... Enfim, toda sua equipe.
Cansei de xingar esse povo...

terça-feira, agosto 21, 2007

Tendencias e paradas

imoAndo muito nietzscheno. Lendo Nietzsche demais.
Estudei lógica e linguagem por anos. Wittgenstein, Russel, Peano, Platão, Frege... Enfim, um monte de matemático e filósofo alemão chato.
Esvaziei o mundo de significado. Esse foi o primeiro passo. Li então umas resenhas e artigos sobre E. Husserl. Descobri um pouco mais sobre recortes do mundo. Sobre costrução da realidade subjetiva. Antes porém havia lido Sartre. Meu mundo então se torna um recorte e um recorte totalmente espalhado onde via-se o todo fragmentado. Ou seja, as partes.
[Um estilete sem o cabo.]
Kant me ensina sobre moral, Descartes sobre como ter controle.
Jogo tudo isso fora então. Veio a "crise dos 3 anos" comum no curso de filosofia. Curso... começo meio e fim. Então eu dis-cursei.
Sai do curso, sai do caminho.
Tornei-me um niilista.
Ai chegou Nietzsche. Me reergui.
Então chegaram pessoas em minha vida, que conversam comigo sem estarem mortas. Essas eu protejo.
Essas estão comigo. Entre elas a pessoa que "será como eu sou e digo mais, você vai ser muito feliz."

sexta-feira, agosto 17, 2007

Sobre alguns dias [ou: como poucas palavras podem me deixar realmente triste...]

Palavras não são somente palavras.
Palavras, eu já disse, são pensamentos cantados. Palavras revelam a vontade.
MINHAS PALAVRAS pelo menos são assim.
Quando digo que quero fazer algo, não estou brincando. Não jogo xadrez com pessoas. Não faço lances em falso. A vida é feito uma luta.
Não faça de conta que vai socar. Soque.
Não faça de conta que vai chutar. Chute.
Então quando eu digo que quero alguém, é porque eu quero esse alguém.
Se eu digo que estou me doando a alguém, é porque estou me doando a esse alguém.
E nada muda esse fato.
Sou muitas coisas nessa vida. Bruto, aloprado, danado, ensandecido...
Mas, sou também o Raffa. E o Raffa é mais do que somente isso.
O Raffa é o que é. E todo ele quer ser feliz, e trazer felicidade a alguém. Um único alguém.
Porque tem dias que são tão profundos que é até difícil respirar

sexta-feira, agosto 10, 2007

Sobre a felicidade [ou: falando sobre as pessoas que são sinceras através de seu oposto]

Algumas línguas ferem-se. Prendem-se entre os dentes, e isto as torna miseráveis.
As palavras são desenhos cantados do pensamento. A voz o instrumento que serve de porta voz ao intelecto.
Morda sua língua, suprima então o pensamento, e terá sua dose de indigestão.
Terá idéias rodando entre a cabeça, pairando, pedindo para serem goraadas, para saírem.
Logo após, sentir-se-á cheio e cansado. Empanzinado.
Comeu demais, não evacuou. Começará o re-sentir.
É necessário... Cuidado então com as linguas presas. Cuidado então com as bocas que deixam apenas escapar o mel. Estas bocas, retém a sujeira, possuem cabeças cheias de veneno.
E esse veneno arrumará um jeito de sair.
Nascerá então a traição!

quinta-feira, agosto 09, 2007

Ecce...

Minhas fontes, minhas perturbações.
Meus desejos mais sublimes!
O retorno dionisíaco. A arte novamente.
Sobre condições ainda inefáveis, imperscrutáveis um beijo aconteceu.
Meu espírito se foi ao sétimo céu, mas ainda assim mantive-me em mim.
Será sempre eu. Será sempre ela.
"Será sempre como eu sou e digo mais, você vai ser muito feliz."
Nunca uma necessidade, nunca um "eu devo". Sempre um "eu quero."
Sempre um "nós queremos."

quarta-feira, agosto 08, 2007

Aquém de bem e mal por opção

Quantos tem a empáfia de se dar ao luxo de serem o que são?
Quantos tem a coragem de abraçarem o luxo de se sentirem mal?
Quantos tem a sinceridade de separar o que faz bem e o que não faz?
Pois é fato. Sou humano, demasiado humano. Não desejo para mim nada além disso.
A lei de granito: "torna-te quem tu és."
E sendo humano, sou acometido de todas as consequências de se-lo. Fico triste, fico com raiva. Sinto ódio, sinto dor. Sou niilista, e esse desejo do nada, eu enxergo não como o fim, mas um começo. Temos de pensar sempre com o martelo. Porque a vida começa sempre com quem teve a audácia e a coragem de se sentir mal. A vida começa após o flerte com o nada.
Mas... a melhor parte de ser humano, é saber que posso ser tudo isso, mas que isso não me impede de outras coisas. Saber que sou Vontade de Potência.
Sim. Estou apaixonado. Tremendamente apaixonado. Amavelmente apaixonado. Felizmente apaixonado. Enormemente apaixonado. Perdidamente apaixonado. [ecos dos poetas e filósofos pré-socráticos.]
Mas ainda sou uma dinamite. A diferença é que agora tenho mais critérios ao explodir.

segunda-feira, agosto 06, 2007

O dia em que o brasil [com b minúsculo mesmo] devia ter parado.

"Gente, olha o que aconteceu e todo mundo viajando normalmente. São seres humanos que morreram." - Rosa 30 anos, mulher de Paulo Solano Batista, familiar de uma das vítimas da tragédia da TAM.
Seu marido fazia um protesto contra os vôos. Queria que os vôos parassem. Ela chorava.
Wittgenstein em seu livro Tractattus Lógicu-Philosophico:
O mundo é tudo o que é fato. Fatos são todas as relações possíves de objetos.
Você é um objeto no mundo. Um objeto que fala, pensa, e nomeia.
Então não venha me dizer que não dá pra parar, que temos compromisso e eles nos obrigam a por exemplo voar de um lado para outro.
O mundo é fato, que são descritos por objetos, inclusive nós. E nossa relação com outros objetos, somos nós quem decidimos.
Paramos quando decidimos. Fazemos o que bem queremos.
E se puderem ler esse post porco ouvindo "O dia que a Terra parou" do Raul Seixas, melhor.

sábado, agosto 04, 2007

Não dá!!!

Estou há algum tempo falando pouco de política aqui no Pub 66, e há uma razão para isso. Há meses a crise aérea me põe pra pensar, como todo mundo. E então houve a tragédia, onde morreram pessoas as centenas, e todos os veículos de informação pontuaram sobre. Já me chamaram de Nietzschano, e não o fizeram por mal. Minha dialética se fundamenta em mostrar fatos. Nunca fiz outra coisa que não fosse isso. Abrir a carne e mostrar os vermes que estão escondidos lá.
Mas dessa vez... seria indelicadeza demais, [embora eu seja um tanto quanto insensível] servir um café amargo sobre essa tragédia.
Ela já é amarga por si só.
Mas eu preciso desabafar. Preciso usar esse fato para desabafar. Peço desculpas as famílias, mas tenho.
Marillena Chauí [filósofa uspiana do governo] afirma que a crise aérea foi uma invenção da mídia e das elites golpistas, assim como o mensalão. Lula mais uma vez não sabia de nada. Ele nunca sabe. Sua declaração para acalmar a todos, foi dizer que quando ele entra num avião, ele coloca tudo nas mãos de Deus [letra maiúscula, olha meu bom humor]. Ao ser vaiado, atribui as vaias a crianças, que querem brincar de fazer democracia. Feito criança birrenta, diz que se é pra brigar, todos sabem que ele é quem coloca mais pessoas na rua.
Lula é um eterno candidato. Um eterno fanfarrão, bêbado, infantil e mimado, por declarações como a da Chauí.
E de boa... Quero que os dois morram. E falo sério.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Miscelânia de aforismas Raffaelianos sobre si. [b-part]

"A solidão cobra um preço alto, e aquele que a busca deve estar pronto a pagar. Uma vez conquistada não é possível negá-la."
"Sou covarde. Minha caminhada eu parei no meio. Fato."
"Todas as pessoas demonstram traços de caráter que podem ser invertidos. Trate de encontrar uma que você não queira inverter."
"A fé é algo tão tangível quanto um par de asas. Cabe a você usá-la como bem entende."
"Afirmei que o amor é inefável, e ainda afirmo. Isso porém não limita ninguém a senti-lo."
"Atenção ao mínimo do discurso. Pontos finais matam o pensamento. Vírgulas, fazem a separação de corpos. Exclamações, demonstram o espírito. Interrogações revelam o interesse. Reticências comportam o infinito entre si."
"Algumas pessoas se vão. Mas suas virtudes podem ser encontradas em pessoas raras. E isso é um recado para alguém."
"Cada palavra não dita potencializa a iminência de um conflito. Aquele que busca a solidão, deverá se acostumar com isso."
"Eu reneguei minha solidão. E ainda não sei porque. Mas posso para que o fiz. Dizer em nome de quem o fiz."
Esse é o Raffa sem escudos. Sem bebida. Sem café. Sem raiva. Sem ódio. Sem vingança.
Um raffa mais leve, para usar melhor sua fé.