sábado, junho 23, 2007

Uma noite para um condenado.

Ah... eu tenho tanto a lhe dizer... mas a noite acaba sempre antes da nossa vontade de beber, sempre antes da minha vontade de te ter.
Aquele lugar cheirava a decadência, e é assim que a gente parece gostar. Em todo canto eu não saberia dizer o que vejo, e sabendo dizer, talvez gostaria de não ver.
Em cima da mesa estão as latas vazias, o copo onde acabei com aquele uísque vagabundo. Você ainda me ofereceu um pouco do que estava bebendo, e eu não sei recusar nada que tenha álcool.
Gritos. Distorção. Cerveja. Suor. Decadência.
Em pouco menos de uma hora já estavam todos bêbados, caídos pelo chão. Tudo isso faz parte da minha vida. De certa forma é rotina. Entenda então por favor, que ninguém espera nada de mim. Ninguém conserta aquilo que nasce com defeito. Mesmo que eu quisesse acabar com minha raiva, nada mudaria de lugar.
Ai o lugar trouxe alguém até mim...
Eu tinha tudo pra ser aquilo que eu queria.
Até você chegar.

3 comentários:

Anônimo disse...

Forte e concreto.
vc qm escreveu???
achei seu blog legaal^^
voltarei mais vezes...

Aline Oracic disse...

É a vida de pré vestibulanda, faz tempo que não descanço.



Foi um dos textos seus que eu mais gostei, eu deslizei as minhas mãos pelo teclado mas não encontrei nada a altura. Então, só isso que eu tenho a dizer por hoje...

InConfidências disse...

Raffa,
Vem cá.!..Esse estado alcoolizado é tudo por conta da tal monografia ou é porque o (a) inesperado chegou....(rs..)

Brincadeiras à parte.
E só uma forma de elogio ao maravilhoso texto...
Perfeito!

Beijimmm e bom domingo
(claro com muito álcool..;)